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Programa de Florestamento do Senar-SP leva conhecimento e sustentabilidade a produtores rurais
Com propósito de sensibilizar participantes a fazer o manejo correto e de reflorestar APPs, programa gerou 328 hectares de área reflorestada
Entre os enormes desafios que o agronegócio enfrenta está o de demonstrar que não é agente do desmatamento, pois o próprio produtor rural sabe que é de áreas preservadas, mata ciliares e reservas legais que haverá um solo mais rico e fértil para sua produção, seja ela vegetal ou animal.
Em prática desde 2022, o Programa de Florestamento – Recomposição da Área de Preservação Permanente (APP) está no rol de cursos de Formação Profissional Rural do Senar-SP e é uma das ferramentas da entidade com conhecimento e técnicas de campo que ajuda a desmistificar essa imagem enquanto ensina a restauração de áreas degradadas e a melhoraria da qualidade do solo e da água.
Dividido em nove módulos, com carga horária de 168 horas, dura de fevereiro a novembro e conta com 16 participantes. Seu objetivo visa orientar e capacitar os produtores e trabalhadores rurais no plantio de árvores nativas e recuperação de nascentes na APP, dando ênfase à formação de agentes multiplicadores naturais.
Permeiam o programa temas como recuperação ambiental, sustentabilidade rural, geração de renda, educação e capacitação, e a preservação da biodiversidade.
No oitavo módulo (Plantio) cada participante recebe ao menos 500 mudas de árvores nativas, de mais ou menos 30 espécies da Mata Atlântica ou do Cerrado formadas no programa, com o compromisso de fazer o plantio na propriedade indicada.
Desde a primeira edição foram e estão sendo realizados em parceria com os sindicatos rurais 81 programas, em 81 municípios. Seguindo a fundamentação do Senar-SP e se concluído como proposto, estima-se que foram formadas e plantadas cerca de 656.000 mudas em 1.312 propriedades, totalizando uma área de 328 hectares (ou 459 campos de futebol).
Andradina e Bauru
O Sindicato Rural de Andradina participa desde 2023 e este ano está com o programa em duas frentes: no assentamento Anhumas, no município de Castilho e no assentamento Zumbi dos Palmares, em Itapura.
Solange da Silva Joaquim, coordenadora do sindicato, diz que o desafio de promover e gerir o programa em duas frentes é grande, mas destaca sua importância junto aos produtores e seu impacto em toda a comunidade.
“Os cursos e programas do Senar-SP auxiliam na capacitação e renovação de conhecimentos técnicos, além de trazerem inovação ao campo. O suporte da entidade juntamente com o trabalho dos técnicos é fundamental para atingir os objetivos. E os participantes tornam-se agentes multiplicadores não apenas do curso que fizeram parte, mas de ações em prol da sua região”, explica ela.
Antônio Carlos Furrier, instrutor do Senar-SP, explica que existe uma grande preocupação em fazer algo pelo meio ambiente, como a recuperação de áreas degradadas, mas a percepção junto aos produtores vai além.
“Percebo nos participantes, alguns deles produtores sofridos, sem recursos e de uma cultura e época diferente, uma preocupação com o que está acontecendo ambientalmente no planeta. Da necessidade urgente de se minimizar tanta destruição, pois, como a maioria diz, não verão esse resultado, mas ficará para seus filhos e seus netos”, conta Furrier.
Cleusa Evaristo, coordenadora do Sindicato Rural de Bauru, conta que a turma de 2025 já nasceu forte. Isso porque, segundo ela, para o Programa de Florestamento há a prerrogativa de se ter 16 participantes e dentre as várias solicitações de cursos e de programas que chegaram ao sindicato a do programa chegou bem definida.
“Isso, para mim, só demonstra o quanto esse tema é caro ao produtor rural, urgente à sociedade e de uma sensibilidade muito grande. Ou seja, o florestamento é para valer”, afirma.
Outras informações acesse o Portal Faesp/Senar-SP
