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São Paulo

Programa Novo Olhar: SENAR-SP impulsiona ações conjuntas das comunidades rurais
Julho Programa Novo Olhar BANNER

Em Tabapuã, os produtores já colhem os resultados das oficinas realizadas

15 de julho 2022

Por: SENAR-SP

Fonte: Comunicação FAESP/SENAR-SP

A máxima de que “A união faz a força” está comprovada no município de Tabapuã, onde, recentemente, foi realizado o Programa Novo Olhar sobre a Organização Comunitária Rural. Realizado pela área de Promoção Social do SENAR/SP, o programa ocorreu em parceria com o Sindicato Rural da cidade. De acordo com a instrutora Elisabete de Lourdes Baleiro Teixeira Inácio, foram alcançados resultados muito positivos, atendendo plenamente ao objetivo proposto, que é impulsionar o desenvolvimento rural de forma sustentável.

O grupo foi integrado por produtores rurais, chacareiros e artesãos que utilizam produtos do agro e pessoas que produzem doces artesanais e pães caseiros. Os participantes se conheciam por ser uma cidade pequena, com cerca de 12 mil habitantes, mas não tinham ações em conjunto. Por isso mesmo, o programa é fundamental, já que representa a oportunidade de desenvolver habilidades e atitudes de pessoas e grupos para a prática da organização comunitária como instrumento do desenvolvimento rural sustentável e de acordo com a realidade socioeconômica de cada localidade.

Lançado em 2019, no município de Caconde, o Programa Novo Olhar vem sendo realizado em todo o Estado de São Paulo desde então. A ação foi criada com o objetivo de apresentar demandas das bases sindicais, dos instrutores e do público do meio rural, melhoria das condições humanas, sociais, ambientais e econômicas das pessoas ligadas ao agronegócio, exigências de mercado, de certificação de produtos, de vendas ao governo e programas sociais.

As turmas são integradas por 15 a 30 pessoas e tem duração de 120 horas, distribuídas em 15 dias, sendo dividido em 6 módulos: Organização comunitária – instrumento para o desenvolvimento rural sustentável; Diagnóstico social na organização comunitária; Formas de organização comunitária; Planejamento participativo; Organização comunitária em ação; e Avalição e continuidade.

“No primeiro módulo temos várias dinâmicas para tratar de questões comportamentais, porque embora seja um grupo, cada um tem suas características pessoais. Para alcançar um objetivo comum, é muito importante que cada um conheça suas responsabilidades. Depois dessas atividades, especialmente da dinâmica chamada ‘autobiografia’, começamos a identificar os talentos de cada um, assim descobrindo oportunidades”, declara a instrutora. Ela destaca que, no caso de Tabapuã, foi identificada a inclinação para a área de gastronomia. “Há um grupo de mulheres que fazem pão de fermentação natural e produtos de culinária da roça. Elas participaram agora da festa junina onde serviram caldo de feijão no pão italiano”, comenta, também mencionando talentos locais na área de artesanato.

Novas perspectivas a partir de um Novo Olhar

A partir do módulo de número 4, os participantes começam a se organizar em um plano de ação de forma participativa, partindo, então, para o módulo 5, de organização comunitária em ação, que é composto de cinco oficinas: Compromisso e responsabilidade; Sustentabilidade e desenvolvimento; Cooperação e interesses comuns; Participação e poder compartilhado; e Gestão de recursos. Foi a partir desse ponto que surgiu a perspectiva de buscar a Igreja católica e a Prefeitura para formar parcerias.
Como primeira ação, destaca-se a participação no 35º Juninão, realizado em 10 e 11 de junho, pela prefeitura da cidade, onde o grupo expôs artesanatos e produtos à base de cacau com grande sucesso.

“Com o grupo organizado foi possível firmar acordos com a Prefeitura e a Igreja católica. O grupo também decidiu formar uma associação de empreendedores de turismo rural e, como primeiras ações, definiram: participar de feiras de artesanato e gastronomia; a montagem de um café rural na propriedade de um dos participantes; organização do primeiro ‘Cafeira”, com vendas antecipadas de café e comercialização dos produtos agrícolas, gastronomia e artesanato”, revela Elisabete. Além disso, dois participantes do curso estão participando da feira de produtos agrícolas da cidade, que volta a ser realizada depois do período crítico da pandemia de Covid-19.

Os resultados promovidos pelo Programa trarão oportunidades para que o grupo se desenvolva cada vez mais, de maneira autônoma e de forma que toda a comunidade seja beneficiada pelo desenvolvimento rural sustentável que as ações planejadas irão proporcionar.

Para outras informações, acesse o Portal FAESP/SENAR-SP

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