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Projeto Campo Futuro levanta custos na produção de frutas e hortaliças em Santa Catarina
Evento ocorreu em Luiz Alves, Caçador e Curitibanos
Com o objetivo de levantar o custo de produção das principais atividades agropecuárias do agronegócio brasileiro, a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Inteligência em Mercados da Universidade Federal de Lavras realizaram em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (FAESC) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR Santa Catarina), o Projeto Campo Futuro com a participação de técnicos e produtores utilizando da metodologia de Painel de Custo de Produção levantaram os custos da produção da Banana, no município de Luiz Alves, do Alho, no município de Curitibanos e do Tomate no município de Caçador.
Os trabalhos foram coordenados pelo técnico da CNA, José Eduardo Costa e os pesquisadores da Universidade Federal de Lavras, Heitor Parreiras e Rodolfo de Souza. Os eventos contaram com o apoio dos Sindicatos Rurais de Ilhota, Curitibanos e Caçador que mobilizaram os produtores rurais e técnicos e sediaram os eventos.
Em Luiz Alves o painel abordou a produção de banana em uma propriedade típica de 20 hectares. “Levando em consideração o preço atual da banana nanica, constatou-se preliminarmente que é insuficiente para cobrir os custos de produção no município. Mas, conforme relato dos produtores rurais, utilizando o preço médio do ano será possível cobrir esses custos”, relatou Heitor.
No município de Curitibanos a cultura produtiva analisada foi a do alho em uma propriedade típica de quatro hectares. Conforme explicou o pesquisador, o preço atual do alho ponderado pelas categorias é de R$ 6,15 por kg. “O valor é suficiente para cobrir os custos e os produtores conseguem uma margem líquida positiva”. Já em Caçador, o levantamento foi feito com a cultura do tomate em uma propriedade típica de 1,5 hectare. “O preço da última safra foi de R$ 24,75 e, com esse valor, os produtores não conseguem cobrir os custos e têm margem bruta negativa”, avaliou Heitor, salientando que essas informações são preliminares e, posterior análise, os resultados oficiais serão divulgados aos produtores rurais por meio da CNA e da FAESC.
O presidente do Sistema FAESC/SENAR Santa Catarina, José Zeferino Pedrozo, explicou que o projeto Campo Futuro percorre todo o País realizando o levantamento de diferentes cadeias produtivas de acordo com o destaque de cada região e consiste em quatro etapas. A primeira é composta pelos painéis em que os produtores, técnicos e pesquisadores se reúnem. Na sequência, são desenvolvidos indicadores com informações de custo de produção e rentabilidade das culturas agrícolas e da pecuária.
“A terceira etapa consiste na criação de um sistema de informação e consolidação das informações geradas pelo projeto e, por fim, é feita a divulgação de publicações a partir de análises e relatórios setoriais de desempenho da agropecuária no País”, complementou. Pedrozo destacou, ainda, que o Campo Futuro é uma excelente oportunidade para que os produtores aprendam na prática a elaborar seus orçamentos e ter conhecimentos sobre os custos de produção de suas propriedades.
Assessoria de Comunicação Faesc/Senar Santa Catarina