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“Pulverização aérea é segura, eficiente e viabiliza a produção de alimentos em larga escala”, diz vice-presidente da Faeb, em audiência pública
Tema foi discutido na Assembleia Legislativa
Por: Sistema Faeb
Fonte: Sistema Faeb
Moura se posicionou contra o Projeto de Lei que tenta proibir a atividade no Estado
O Projeto de Lei 24.938/2023, que propõe a proibição da pulverização aérea em território baiano foi tema de audiência pública, realizada nesta terça-feira (5), nas Comissões de Agricultura e Política Rural e de Meio Ambiente, Seca e Recursos Hídricos da Assembleia Legislativa do Estado. O encontro reuniu parlamentares, promotores, pesquisadores, representantes das entidades do setor agropecuário e da sociedade civil para debater o texto, que prevê a proibição de uma atividade regulamentada e fiscalizada em todo País.
Praticada há mais de 20 anos só na Bahia, a pulverização de defensivos químicos utilizando aviões agrícolas cumpre normas técnicas específicas, como horário de aplicação, monitoramento da direção do vento, altura e velocidade da aeronave e distância mínima de rios e áreas de proteção ambiental.
O vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Guilherme Moura, enriqueceu o debate ao apresentar dados sobre a produção agropecuária no Estado. Segundo ele, os aviões agrícolas têm sido grandes aliados da agricultura moderna, sendo ferramentas indispensáveis para aplicação não só de defensivos químicos, mas também de adubos e até sementes em grandes áreas agricultáveis ou em terrenos de difícil mecanização.
“Esta ferramenta tem viabilizado a produção agrícola em grande escala, uma vez que reduz o custo da produção e nos torna competitivos. Temos que ter cuidado com algumas narrativas que podem trazer sérios danos à nossa economia. O agro, assim como qualquer outro setor econômico, não faz caridade, visa mercado, mas não podemos esquecer que ao inviabilizar a atividade o maior impacto sofrido será a insegurança alimentar”, disse ao ressaltar que o Brasil exporta para mais de 200 países, inclusive para União Europeia, e que não teria tanta penetração de mercado se o que produzisse não fosse seguro e de qualidade.
Se aprovado, o Projeto de Lei de autoria do deputado Hilton Coelho (PSOL) inevitavelmente vai influenciar um aumento no valor da cesta básica e, em um cenário mais drástico, impor o risco de desabastecimento.
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Rosemberg Pinto (PT), ressaltou que é uma discussão inútil questionar a ferramenta utilizada, já que a pulverização, seja terrestre ou aérea, cumpre a mesma função.
Produtores rurais de diferentes regiões da Bahia acompanharam as discussões conduzidas pelo presidente da Comissão da Agricultura, deputado Manuel Rocha (União Bahia), e que contou com a participação de representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA); Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba); Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (Abaf); Sindicato de Produtores Rurais de Luís Eduardo Magalhães (SPRLEM); Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag); do secretário de Agricultura do Estado, Wallison Tum; e de moradores de comunidades tradicionais.
Ascom Faeb