Minas Gerais
Queijaria de Porteirinha (MG) conquista selo do IMA e prova que região tem Queijo Minas Artesanal de qualidade
Por: SENAR MINAS
A Rubi Queijaria, dos produtores Regino Rodrigues da Silva e Rubnei Santos Gomes, de Porteirinha, no Norte de Minas, acaba de ser a primeira produtora de Queijo Minas Artesanal da região a ter o projeto aprovado para conseguir o selo de inspeção do IMA, estando habilitada agora a vender seu produto para todo o estado. A conquista é um marco para os produtores da Serra Geral – o registro é extremamente importante para quebrar tabus e romper barreiras, pois acreditava-se que na região não era possível produzir queijo maturado pelas características climáticas e geográficas locais.
Os donos da queijaria são atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG Leite e, segundo o gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Montes Claros, Dirceu Martins, além do orgulho, o Sistema comemora a prova de um trabalho sólido e bem-feito junto aos produtores. Fora o ATeG, Dirceu conta que frequentemente a entidade ministra treinamentos ligados à bovinocultura de leite, produção de derivados do leite e Boas Práticas de Fabricação no município, um trabalho em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Porteirinha que já vem de muito tempo.
Para Rubnei Gomes, o selo é uma conquista e tanto: “para nós é muito importante, é gratificante ver o resultado desse trabalho. Vemos agora a possibilidade de um mercado mais estável, de agregar valor ao nosso produto e sair do atravessador e ir direto para o supermercado. Essa é a nossa vida, nossa luta desde o início”. Eles solicitaram o registro no ano passado, o mesmo em que começaram a participar do ATeG Leite.
Trabalho conjunto
Hoje, os produtores contam inclusive com a Associação dos Produtores de Queijo Artesanal da Serra Geral, que abrange 16 municípios. “Temos um terroir próprio que deixa o nosso queijo com um sabor muito peculiar e diferenciado. Regino e Rubnei foram pioneiros em fabricar queijo artesanal e acreditamos que eles incentivem outros produtores”, conta Rosy Martins, agente de desenvolvimento local ligada à Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Porteirinha (Aciport). O trabalho junto aos produtores vem desde 2014, quando Prefeitura Municipal e a associação comercial viram a necessidade de formalizar as queijarias locais e, para isso, buscaram parceiros, como o Sistema FAEMG/SENAR/INAES. Sebrae, Emater, IMA, Unimontes e UFMG também estão juntos no aprimoramento do trabalho dos queijeiros da Serra Geral.
Orgulho e alegria para todos
“ Estamos achando o programa muito bom, fomos uns dos primeiros a abraçar a iniciativa. Acho a assistência técnica ótima, o técnico Rodrigo é muito prestativo e muito disposto a esclarecer nossas dúvidas”. - Rubnei Santos Gomes , proprietária da Rubi Queijaria
“Vejo isso como um grande passo e uma grande conquista para o queijo da Serra Geral. Acreditamos que a Rubi Queijaria vai ser um grande player na produção de queijos no estado de Minas Gerais”. Dirceu Martins , gerente regional do Sistema FAEMG/SENAR/INAES em Montes Claros
“Estou desde o começo acompanhando e fico muito feliz por ver uma colega recebendo o selo. É importantíssimo para o município e para a Serra Geral. Torcemos e trabalhamos para que outras pessoas da região possam seguir esses passos. Os treinamentos do SENAR têm feito uma diferença muito grande na nossa atividade, é uma instituição respeitada e com um trabalho sólido e transparente, com profissionais de primeira linha” - Nilton César de Oliveira, presidente do STR de Porteirinha
“Estou muito feliz. Isso prova para todos que, quando a gente quer, a gente consegue. Rubnei e Regino entraram com vontade e conseguiram. Esse é o caminho que queremos para todos os produtores e vamos seguir juntos nessa luta”. Silvanei Batista Santos , prefeito de Porteirinha
“O primeiro grande desafio foi mostrar ao produtor que era possível fazer um produto conforme as normas sanitárias e apto para consumo humano. Em seguida, mostrar a viabilidade da certificação. O SENAR trouxe toda a capacitação técnica e ajudou a aperfeiçoar o processo de produção”. - Rosy Martins , agente de desenvolvimento local da Aciport