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FAEA concede medalhas da Ordem do Mérito Agropecuário a empresários do setor primário amazonense
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homenagem ocorreu após período pandêmico, como forma de retomar a tradição de prestigiar aqueles produtores, empresários e instituições que por seu relevante trabalho contribuem com o desenvolvimento do agro no Estado.
Por: ASCOM - Sistema Faea Senar Fundepec/AM
A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Amazonas (FAEA) realizou na noite da última terça-feira (13), no Palácio Rio Negro, a cerimônia de outorga da Ordem do Mérito Agropecuário, concedendo medalhas a empresários do setor primário amazonense. A homenagem ocorreu após período pandêmico, como forma de retomar a tradição de prestigiar aqueles produtores, empresários e instituições que por seu relevante trabalho contribuem com o desenvolvimento do agro no Estado.
Nesta edição foram homenageados cinco empreendedores rurais. Foram eles: Johames Bastos Guimarães (categoria - piscicultura); Renato Gomes Pereira (categoria - agroindústria); Pedro Carlos de Arruda (categoria pecuária); Jocelito Foleto (categoria agricultura); Norikatsu Miyamoto (categoria avicultura).
A maior honraria da noite, a medalha do Mérito Agropecuário Eurípedes Lins, dedicada a instituições que prestam relevantes serviços ao setor rural, foi concedida à Embrapa Amazônia Ocidental, instituição que tem grandes serviços prestados ao desenvolvimento do agro amazonense. O chefe-geral da instituição, Everton Rabelo Cordeiro.
Resgate e reconhecimento
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Em seu discurso, na abertura da solenidade, o presidente da FAEA, Muni Lourenço, lembrou que a Federação, após um difícil período de pandemia, retoma a tradição de a cada dois anos promover o evento. “A iniciativa premia o talento, a garra de produtores, empresários rurais e personalidades ligadas ao agro no Estado. Este evento prestigia a classe produtora rural amazonense pois o conjunto dos homenageados nesta noite aponta, sem dúvida, na direção de que o agro amazonense tem um encontro marcado com a participação cada vez mais importante no contexto econômico de nosso Amazonas”, disse na ocasião.
Conforme destacou Lourenço, o Mérito Agropecuário da FAEA promove o merecido reconhecimento e valorização à classe rural. “O objetivo é divulgar o mérito do árduo trabalho de empreendedores de nossa terra, que além da competência na atividade rural, vêm pautando sua atuação empresarial com honradez e honestidade, servindo assim como exemplo de luta e perseverança que valorizam a agropecuária”, acrescentou.
Ciclo virtuoso
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Muni Lourenço salientou também que o Brasil vive um ciclo virtuoso de sua agropecuária. “É inegável a força do agro e a enorme contribuição que vem dando ao desenvolvimento econômico da nação e para a estabilidade das relações sociais, afinal o setor rural é responsável por 27% do PIB nacional, por 33% dos empregos gerados no pais, tendo em 2021 exportado o equivalente a 128 bilhões de dólares, garantindo o superávit da balança comercial brasileira”, elencou.
De acordo com ele, os bons ventos do agronegócio já chegaram ao Amazonas. “Aqui, o agronegócio coexiste, em harmonia com o meio ambiente, mostrando cada vez mais que é falsa a contradição entre produção de alimentos e desenvolvimento sustentável alardeada por alguns, principalmente porque estamos aqui no coração da Amazônia, construindo um setor rural que cada dia mais se alia à ciência e à tecnologia”, pontuou.
“Esses bons ventos chegam em um momento mais do que oportuno, momento em que todos nós amazonenses do setor privado e da esfera pública estamos em consenso que se imponha a diversificação e interiorização de nossa economia e para isso será vital que aceleremos cada vez mais a regularização fundiária, massifiquemos a assistência técnica e possamos perseguir melhorias contínuas na infraestrutura produtiva”, continuou.
Conheça os homenageados
Johames Bastos Guimarães (homenageado na categoria piscicultura)
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Johames Bastos Guimarães é produtor rural e piscicultor. Proprietário do Sítio do Guima, localizado no quilômetro 96 da Rodovia AM-010. Desde 1998, Johames Guimarães vem trabalhando na piscicultura, com o apoio de sua família.Sua primeira propriedade tinha apenas um tanque. Atualmente, seu sítio tem seis tanques em funcionamento e projeto para mais 4 tanques, futuramente. Na propriedade são produzidas 9 toneladas de Tambaqui Curumim, anualmente. A produção abastece as principais feiras de Manaus e diversos mercados da cidade.
Renato Gomes Pereira (homenageado na categoria agroindústria)
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Renato Gomes Pereira é pecuarista, agroindustrial e já somava mais de 30 anos no ramo da pecuária no Estado de Rondônia quando conheceu o Sul do Amazonas em 2013 e viu, especialmente no Distrito de Santo Antônio do Matupi, um grande potencial na criação de gado de corte e em uma possível bacia leiteira. Foi quando negociou uma propriedade para a instalação da Industria de Laticínios Matupi e começou a idealizar seu próximo objetivo: fazer do Sul do Amazonas um lugar conhecido e produtivo com compromisso social e ambiental.
Apesar das dificuldades de estradas, distanciamento da capital e isolamento da localidade, construiu a indústria, com potencial para 100 mil litros de leite por dia e, em paralelo, investiu em melhoramento genético no gado leiteiro, conquistando a certificação da Girolando para atestar a qualidade do gado.
A Matupi Fabricação de Laticínios, possui hoje mais de 30 produtos que são distribuídos nos principais grupos supermercadistas da cidade. Agora, o Grupo está investindo em uma indústria de frigoríficos com capacidade de abate de 70 cabeças por hora, um projeto que está em andamento para valorizar o maior plantel de gado do Amazonas.
Pedro Carlos de Arruda (homenageado na categoria pecuária)
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É Pecuarista e proprietário da Pedro Arruda Agropecuária, localizada no quilômetro 20 da BR-319, no município do Careiro Castanho. Nascido no Amazonas, Pedro Arruda é filho de nordestinos e herdou do pai, também pecuarista, o amor pela atividade. Por oito anos consecutivos, foi presidente da Associação de Pecuaristas do Careiro Castanho.
Com 25 anos de trabalho neste segmento, o empresário, que trabalha com gado de corte, possui hoje, no total, 4 mil cabeças de gado Nelore e mestiço. Também é proprietário da Companhia de Rodeio Pedro Arruda, que há 15 anos realiza rodeios em grandes eventos na capital e no interior do Amazonas. Atualmente, está iniciando trabalho de recria de gado nelore, com melhoramento genético.
Jocelito Foleto (homenageado na categoria agricultura)
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Jocelito Foleto trabalha com a produção de grãos de soja arroz e milho na Fazenda Santa Rita, em Humaitá, no Amazonas. Chegou no município em 2017 e no primeiro ano plantou 450 hectares de lavoura. Em 2021, a fazenda já somava 3,5 mil hectares de lavoura plantada e a estimativa para a safra de 2022/2023 gira em torno de 25 mil toneladas produzidas. Jocelito Foleto trabalha com agricultura há 35 anos. É casado, tem três filhos e o mais velho, Guilherme Foleto é o responsável por tocar o trabalho na fazenda.
Atualmente possui 56 colaboradores, todos treinados, trabalha com máquinas de última geração e tecnologia de ponta. A produção é negociada tanto no mercado interno quanto no mercado de exportação. Entre os novos projetos estão a aquisição de um conjunto graneleiro pra secagem de grãos e uma indústria de arroz comprada para o beneficiamento do arroz no Sul do Amazonas que deve ser instalado no próximo ano.
Norikatsu Miyamoto (homenageado na categoria avicultura)
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Nascido em Hokkaido no Japão, em 1943. Chegou ao Brasil em 1958 e veio diretamente para o Amazonas, na condição de imigrante, juntamente com pais e irmãos. Em sua trajetória se dedicou à agricultura e avicultura, tendo como carro-chefe, a criação de postura e a produção e comercialização de ovos de galinha.
Atualmente aposentado, é fundador da Granja Miyamoto, cofundador e dirigente da Associação Amazonense de Avicultura (AAMA) e dirigente de diversas associações comunitárias nipo-brasileiras. Tendo os filhos Michio e Márcio como os atuais dirigentes da empresa, a granja abastece principalmente a capital amazonense e seus arredores com destaque na produção anual de 130 mil caixas de ovos e empregando cerca de 80 funcionários.
Embrapa Amazônia Ocidental (homenageada na categoria Ordem do Mérito Agropecuário Eurípedes Lins) - Medalha recebida pelo chefe-geral da instituição, Everton Rabelo Cordeiro
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A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é uma empresa pública que tem a missão de viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. No estado do Amazonas sua atuação se dá por meio da Embrapa Amazônia Ocidental, que é uma Unidade de Pesquisa ecorregional, com sede em Manaus.
Ao longo de quase cinco décadas, a Embrapa Amazônia Ocidental vem colaborando com o desenvolvimento do estado do Amazonas por meio de pesquisas, estudos, tecnologias e contribuição a políticas públicas relacionadas à agricultura. Por meio de diversas ações de cooperação e parcerias institucionais, vem atuando na capacitação de técnicos extensionistas e de produtores rurais do Amazonas. Também vem contribuindo, desde a iniciação científica até a pós-graduação, para a formação de profissionais de ciências agrárias, biológicas e de áreas de conhecimento relacionadas.
Atualmente as principais áreas de pesquisa e transferência de tecnologias na Embrapa Amazônia Ocidental estão voltadas para a fruticultura, olericultura, culturas agroindustriais, piscicultura, uso e conservação da biodiversidade e sistemas integrados de produção.
Texto:
ASCOM – Faea Senar Fundepec/AM
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