Mato Grosso
Seminário Plano ABC+ MT será realizado no auditório da Famato em Cuiabá
Seminário será realizado no formato híbrido, voltado para produtores rurais e lideranças ligadas às organizações setoriais da agropecuária
Por: Ascom Famato
Fonte: Ascom Famato
A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) receberá o Seminário Plano ABC+ Mato Grosso, no dia 21 de junho, a partir das 8h, no auditório da instituição. O evento, proposto pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado de Mato Grosso (Sedec), que coordena o Grupo Gestor Estadual do Plano ABC+ (Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária), irá debater a estratégia nacional do Plano ABC+ e sua contribuição para sistemas produtivos mais sustentáveis, resilientes e seguros. A Famato é membro do Grupo Gestor Estadual do Plano ABC+.
O Seminário será realizado no formato híbrido, voltado para produtores rurais e lideranças ligadas às organizações setoriais da agropecuária. As inscrições podem ser feitas através do formulário disponível na página de inscrição do Seminário Plano ABC+ MT: https://planoabc.sedec.mt.gov.br/ . Na oportunidade, deverá ser informada a opção de participação desejada (presencial ou online). O credenciamento poderá ser feito no dia 21/06, à partir das 8h, no local do evento.
O objetivo do Seminário é estimular a adoção de sistemas de produção sustentáveis, lucrativos e de baixas emissões de carbono, promovendo um diálogo técnico com a sociedade sobre o Plano ABC+, envolvendo o setor agropecuário e engajando os produtores na sua implementação. Além disso, serão debatidos casos de sucesso de produtores mato-grossenses; pesquisas, ações e tendências relacionadas à estratégia ABC+ em Mato Grosso; bem como os planos nacional e estadual de fertilizantes.
Para o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Robson Marques, a participação da Federação, enquanto representante do produtor rural e membro do grupo gestor estadual, vai agregar conhecimento técnico no debate sobre questões que envolvem os lançamentos de Gases de efeito Estufa (GEE) que os rebanhos bovinos emitem, como o metano, e estratégias que podem ser adotadas pelo produtor rural.
Segundo Robson é possível controlar a emissão desses gases, zerar ou compensá-las através de medidas que podem ser adotadas pelo produtor rural. Porém, o assunto precisa ser melhor debatido com o setor produtivo rural, lideranças e profissionais do agro, para que a informação chegue com clareza no produtor . “Por isso, entendemos a relevância do envolvimento dos presidentes de sindicatos rurais, pois são eles os porta-vozes do produtor. A participação deles será fundamental na disseminação de conhecimento e informações entre os produtores”, disse Robson.
Para o analista de pecuária da Famato e médico veterinário, Marcos de Carvalho, Mato Grosso já é um grande exemplo de produção e conservação, mas para ser mais competitivo, há necessidade de acolher as novas exigências do mercado. Com isso o produtor precisa entender a importância do engajamento pela baixa emissão de carbono para adaptar aos seus negócios, otimizando assim sua receita. “O caminho para impulsionar o comércio agropecuário, economicamente lucrativo e positivo para o meio ambiente e para a sociedade é fomentar técnicas produtivas sustentáveis a todos os produtores rurais, através de linhas de créditos subsidiados para produzir e conservar. Por isso é de grande relevância que lideranças do agro, representantes do setor, como presidentes de sindicatos rurais, participem e tirem suas dúvidas e posteriormente compartilhem com os produtores das suas respectivas regiões”, disse o analista.
Além de debater, o evento vai trazer bons exemplos de produtores que aplicam as tecnologias de baixa emissão de carbono.
Marcos de Carvalho cita exemplos de estratégias adotadas como a produção integrada de lavoura, pecuária e floresta (iLPF), ou seja, conectar plantações, criação de animais, e coberturas florestais em um mesmo espaço; tratamento de dejetos animais por meio de uso de biodigestores. Nele, as fezes dos animais são tratadas e transformadas em biogás e fertilizante, que podem ser utilizados na geração de energia elétrica, diminuindo tanto os gastos dos produtores rurais, quanto a emissão de gases do efeito estufa. Além desses, outros modelos de tecnologias como conservação de solos, sistema de plantio direto, recuperação de pastagens degradadas, serão abordados.
"Quanto mais conhecimento sobre modelos de tecnologias melhor é para o produtor e o trabalhador rural, e a capacitação é fundamental para atuar no campo na produção agropecuária”, acrescentou o analista Marcos de Carvalho.