Senar destaca ações de saúde e tecnologia no agro durante o Summit Saúde 2025
Diretor-geral, Daniel Carrara, participou do evento promovido pelo Estadão, na terça (21), em São Paulo
Brasília (21/10/2025) - O diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, participou, na terça (21), em São Paulo, do evento Estadão Summit Saúde 2025, no painel “O alimento na vida das pessoas: a saúde que começa no campo”.
O debate reuniu também a produtora rural Sandra Padilha e a especialista em biotecnologia Adriana Brondani.
Daniel Carrara começou sua fala mostrando a diversidade, a quantidade e a qualidade dos alimentos produzidos no Brasil. “Isso só é possível graças a milhões de produtores rurais que produzem comida para os brasileiros".
Sandra Padilha, produtora de frutas no Distrito Federal e atendida pela Assistência Técnica e Gerencial do Senar, afirmou que o consumidor é exigente e por isso ela trabalha com foco na qualidade do seu produto.
Adriana Brondani, especialista em biotecnologia, falou sobre a importância da ciência e a necessidade de informar as pessoas sobre os processos na produção dos alimentos, como o uso de tecnologias, e desmistificar a falta de informação que existe atualmente.
Saúde - Daniel Carrara falou ainda sobre as iniciativas do Senar na capacitação do produtor e na prestação de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) e mencionou as dificuldades enfrentadas pelo público rural para acessar os serviços de saúde.
Ele explicou como a entidade prepara técnicos de enfermagem que serão supervisionados por médicos e enfermeiros para acompanhar os agrônomos durante as visitas da ATeG à propriedade, dentro das ações do programa Saúde no Campo.
Carrara ressaltou que o Senar, ao assumir uma função de saúde, não está fora da sua missão. "Se o produtor tiver algum problema de saúde, compromete sua renda e a gente não atinge nosso objetivo que é fazer o produtor ter renda".
Adriana Brondani ressaltou o fato de o consumidor estar, atualmente, atento a respeito de onde vem o seu alimento, assim como ao uso de bioinsumos na produção.
Tecnologias e inovação no agro - O diretor-geral do Senar lembrou que o setor se desenvolveu com apoio da ciência e tecnologia e, que em termos de agricultura tropical, o produtor brasileiro não deve nada a produtores de outros países do mundo. Carrara pontuou que no país, em uma mesma área, é possível ter quatro safras por ano.
Ele disse ainda que o Senar tem hoje 15 mil técnicos de ATeG no campo para auxiliar o produtor no processo produtivo e na gestão da propriedade. “Ao contrário do que se pensa, quanto menos insumos são usados, melhor a rentabilidade, porque os defensivos, por exemplo, são muito caros. Então, quanto menos se usar, melhor."
Carrara ressaltou que a cada ano o Senar capacita 1,5 milhão de pessoas e tem estado atento para levar capacitação ao campo que atenda o produtor rural brasileiro.
A produtora Sandra explicou que a capacitação que o produtor recebe é importante para que ele entenda as demandas do mercado.
"Precisamos ficar atentos. Essa conexão com o consumidor final é importantíssima para o produtor rural, porque não adianta encher a propriedade de um alimento e não ter mercado. E o Senar está de portas abertas para esse produtor que quer fazer o diferencial."
Futuro da alimentação – Em relação ao futuro, Daniel Carrara argumentou que a tecnologia é fundamental para melhorar a produção. “Acredito que o Brasil pode se orgulhar do agro porque somos modelo de agricultura tropical para o mundo."
Adriana Brondani ressaltou a manutenção da diversidade da produção e lembrou que, devido à diversificação de insumos, o Brasil tem plena condição de sustentar cada vez mais essa diversidade.
"Essa diversificação de alimentos é resultado do trabalho de uma cadeia organizada, que é o agro. Temos uma variedade muito grande de alimentos e nós, enquanto consumidores, precisamos valorizar isso e trazer para nossa mesa esses produtos diversificados."