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Mato Grosso

Senar-MT inicia projeto de inseminação artificial para auxiliar pecuaristas nas propriedades rurais
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Projeto ATeG Inseminação foi desenvolvido para estimular os produtores já atendidos pela ATeG em Bovinocultura de Leite e Corte a incorporarem práticas que impulsionem o aumento da produção

17 de dezembro 2024

Por: Ana Frutuoso

Fonte: Ascom Senar-MT

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) lançou o projeto ATeG-Inseminação com o objetivo de apoiar os produtores rurais na adoção de novas tecnologias que promovam melhorias na produtividade e rentabilidade. As ações são baseadas na implementação da biotecnologia reprodutiva, a Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF), custeado integralmente pelo Senar-MT, e executado por meio de visitas técnicas que abrangem desde o diagnóstico inicial até a confirmação da prenhez dos animais.

O projeto ATeG Inseminação foi desenvolvido para estimular os produtores já atendidos pela ATeG em Bovinocultura de Leite e Corte a incorporarem práticas que impulsionem o aumento da produção. Durante a elaboração do projeto, constatou-se que, entre os produtores atendidos pelo Senar-MT, 80% dos criadores de gado de corte não utilizavam a inseminação artificial, enquanto 60% dos produtores de leite nunca haviam adotado essa técnica.

Segundo o coordenador da ATeG, Eduardo Baroni, a técnica é conhecida por aumentar a rentabilidade e melhorar a produtividade, tanto pelo benefício direto de aprimorar o perfil genético do rebanho quanto pelos benefícios indiretos, como o melhor planejamento da propriedade.
“Isso ocorre devido à concentração dos nascimentos e à redução dos intervalos entre partos. Para apoiar os produtores, o Senar-MT está disponibilizando, sem custo, 50 doses de sêmen para quem trabalha com gado de leite e 100 doses de sêmen para quem atua com gado de corte”, diz Baroni.

A supervisora da ATeG, Jéssica Gonçalves, explica que o projeto consiste em 4 manejos:
• D0 (Dia Zero): será realizado o diagnóstico inicial para identificação das matrizes aptas a receberem o protocolo reprodutivo, com aplicação do fármaco Benzoato de Estradiol e introdução do implante de progesterona intravaginal, iniciando o protocolo.
• D8 (Dia Oito): ocorre oito dias após o D0, com a retirada do implante de progesterona intravaginal e aplicação dos medicamentos Prostaglandina, Cipionato de Estradiol e Gonadotrofina Coriônica Equina (eCG).
• D10 (Dia Dez): acontece dois dias após o D8, sendo o momento da inseminação artificial (IA) e aplicação do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas (GnRH).
• DG Final (Diagnóstico de Gestação Final): realizado de 30 a 40 dias após o D10, com o objetivo de confirmar a prenhez das matrizes inseminadas.

De acordo com Renata Alves, analista da ATeG Inseminação, durante a criação do projeto, 700 dos 2.500 bovinocultores assistidos manifestaram interesse em participar. Para garantir um atendimento eficiente, foram selecionados 48 veterinários para atuarem como técnicos em reprodução credenciados pelo Senar-MT em todo estado.
“Para essa primeira demanda de produtores pela ATeG Inseminação os técnicos foram divididos em 25 grupos de atendimento. Atualmente, 15 veterinários já estão em campo e iniciaram os atendimentos no início de dezembro. Além disso, o processo de credenciamento de empresas que prestam serviços de IATF está aberto, e a tendência é que a demanda por esses serviços aumente nos próximos meses”, explica Renata.

O resultado esperado pelos produtores, com base na média da técnica de IATF, é uma taxa de prenhez de 50% na pecuária de corte e de 30% a 40% na pecuária de leite, desde que aspectos como sanidade, nutrição e manejo estejam adequados, garantindo que os animais estejam em plena saúde.
“Além disso, é fundamental que os produtores tenham estrutura adequada e mão de obra qualificada para executar os manejos com o gado necessários”, completa a supervisora.

Além de credenciar profissionais para atuar como técnicos de campo, a equipe de TI do Senar-MT desenvolveu um aplicativo para gerenciar todo o processo, melhorando o controle e a eficiência do projeto. O projeto exige uma logística complexa, envolvendo a distribuição de materiais para diversas regiões do estado, o que representa, além de um desafio logístico, uma inovação significativa, prometendo trazer grandes benefícios para a produção agropecuária no estado de Mato Grosso.