Setor agropecuário brasileiro apoia mecanismo de desenvolvimento sustentável
CNA defende a manutenção do Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável
Brasília (13/12/2018) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apoia os negociadores brasileiros na COP24 em defesa da manutenção do Mecanismo de Desenvolvimento Sustentável (MDS) nas regras de implementação do Acordo de Paris, que prevê metas para redução de emissões de gases de efeito estufa.
Com uma das agriculturas mais sustentáveis do planeta, resultado do investimento maciço em tecnologias menos emissoras, o Brasil é o grande mercado anfitrião na aplicação do MDS, o que incentivou a adoção destas tecnologias e serve de exemplo a outros países em promover o crescimento sustentável.
O MDS é um mecanismo que permitirá o livre mercado de carbono entre os países e poderá aumentar a participação do setor privado na captação de investimentos para a redução de emissões.
Durante as negociações na Conferência das Partes sobre o Clima – COP24, que está ocorrendo em Katowice, na Polônia, pontos essenciais ao cumprimento das metas brasileiras estão encontrando grande resistência em obter resultado satisfatório.
O item mais relevante, tendo grande importância nas ambições climáticas brasileiras, é o MDS, que sofre ataques por parte das economias tidas como desenvolvidas, uma vez que altera a dinâmica de seu mercado interno de créditos de carbono e aumenta suas cotas de responsabilidade de mitigação.
Instrumento importante do Acordo de Paris, o MDS figura no artigo sexto do texto base do acordo, substituindo o ineficaz Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), que o antecedeu durante o primeiro período do acordo do clima.
No MDS, a redução das emissões geram créditos de carbono que poderão ser negociados e adquiridos por países emissores, ou promotores, em favor dos países que reduzirem suas emissões, ou países anfitriões. Este mecanismo deve ter regras claras que permitam o estabelecimento de um mercado de carbono consolidado no qual o setor produtivo tenha oportunidade de integração.
Na prática, este mecanismo permite o engajamento do setor produtivo privado garantindo sua parcela de incentivos em aderir a uma produção menos emissora. Sua implementação promoverá a criação de um mercado de reduções, do qual o Brasil detém enorme ativo com potencial de alterar o mercado global.
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