Paraná
Sistema FAEP lança cartilha sobre plantas daninhas
Material traz informações para identificação e controle de 12 tipos de ervas invasoras, que ameaçam o meio rural do Paraná
Por: Comunicação Sistema FAEP
Fonte: Comunicação Sistema FAEP
Os produtores rurais do Paraná passam a contar com mais um material importante para manter vegetações invasoras longes de sua propriedade. O Sistema FAEP desenvolveu a cartilha “Plantas daninhas resistentes: biologia, identificação, ocorrência e controle”, que abrange as principais ervas indesejadas que ameaçam a produção e a produtividade no Estado. Elaborada em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Embrapa, a publicação tem distribuição gratuita, além de estar disponível em formato digital no site do Sistema FAEP.
A cartilha traz informações sobre 12 plantas daninhas. Alguma delas, como a buva, o capim-amargoso e o capim-pé-de-galinha, já estão presentes no Paraná. Outras, como o caruru-palmeri (planta do complexo caruru), ainda não foram registradas em solo paranaense, mas já causam prejuízos em Estados vizinhos, como o Mato Grosso do Sul. O material apresenta as principais características dessas espécies invasoras, ensinando o produtor rural a identificá-las.
Além disso, a publicação traz orientações relacionadas ao combate dessas plantas daninhas.
“A cartilha traz as características das plantas e algumas alternativas de controle. Além disso, destacamos as principais plantas daninhas de difícil controle ou que já apresentam resistência a herbicidas, o que dificulta o combate e implica em prejuízos”, explica o técnico do Departamento Técnico (Detec) do Sistema FAEP Paulo Roberto Castellem Junior.
Segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) , a venda de herbicidas aumentou em 20% em três anos. Entre as razões para esse crescimento na comercialização dos produtos, a Rede de Pesquisas em Matologia da UFPR sugere, principalmente, a presença de plantas tolerantes e resistentes a herbicidas, as chamadas “plantas de difícil controle”.
“Com o passar do tempo, a utilização de um só ativo, como o Roundup, fez com que as plantas daninhas adquirissem resistência. Ao mesmo tempo, o uso de herbicidas fez com que produtores e técnicos se distanciassem de métodos de controle”, aponta Castellem Junior. “Temos outras alternativas químicas e não químicas para esse manejo”, acrescenta.
Além da cartilha, o Sistema FAEP dispõe de outras ações relacionadas ao controle de ervas indesejadas, como o curso “Manejo Integrado de Plantas Daninhas” , que passa a ser disponibilizado a partir de 2025. Outra iniciativa é a cartilha “O complexo caruru: biologia, identificação, ocorrência e manejo” , também elaborada em parceria com a UFPR e a Embrapa e disponível no site do Sistema FAEP.