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Sistema Faepa orienta como se proteger do coronavírus dentro da porteira
Por: Lorena Daibes
Fonte: www.sistemafaepa.com.br
Assistência técnica remota, adiamento de algumas práticas rurais e o maior isolamento possível compõem alguns hábitos benéficos que ajudam a manter a doença longe do campo.
Enquanto o restante do país para diante do risco de uma contaminação em massa, o campo segue trabalhando e produzindo. Junto com profissionais da saúde, segurança e outros serviços essenciais, o meio rural é vital nos momentos de crise em função de produção de alimentos para população. Dessa maneira, o produtor rural, não pode adoecer e as mudanças de alguns hábitos dentro da porteira pode ser crucial neste momento.
De acordo com o Zootecnista, Guilherme Minssen, diretor da Faepa, além da função essencial que desempenham, os agropecuaristas são mais frágeis num contexto de pandemia. “De moda geral, independente da atividade desempenhada, algumas recomendações devem ser respeitadas: evitar contato com pessoas que chegaram de viagem, distância entre 1,5 e 2 metros entre as pessoas, lavar as mãos com água e sabão, fazer uso do álcool em gel e evitar levar as mãos ao rosto”, alerta. Para Guilherme, alguns setores, por natureza, são mais expostos ao contato interpessoal que outros. “Um produtor de leite, por exemplo, precisa entregar seu produto cotidianamente, enquanto um avicultor leva, em média, 45 dias para alojar um novo lote. O perigo sempre vem de fora e é aí que o produtor deve se proteger”, observa.
“Se tiver alguma coisa que exige a presença do produtor, como durante uma entrega de leite para o caminhão do laticínio, além de manter a distância da pessoa que vem de fora, depois que ela for embora é preciso higienizar tudo que ela trouxe e também o local onde ela esteve”, orienta o zootecnista. Para isso, uma solução barata, seria o hipoclorito, usado para limpar locais e objetos (nunca a pele), feito com uma parte de água sanitária para nove partes de água.
Porém, o ideal é que o trânsito de pessoas de fora seja evitado o máximo. “Já existem alguns processos que não exigem ser presencial. Já tem aplicativos que permitem isso. Aquilo em que é imprescindível a presença física, por exemplo, como a prática de vacinação e profilaxia dos animais, devem ser realizados com cuidado e segurança”, observa.
Dentro da porteira algumas práticas também devem ser incorporadas. “Se existem funcionários que moram na propriedade, orientá-los a não ficar trazendo visitas, que não saiam muito. Também cada um tem que ter seu copo, talheres e outros utensílios pessoais. E a roda de conversa deve ser apenas para combinar detalhes de execução”, recomenda Guilherme.
“Estamos acostumados a combater e prevenir diferentes zoonoses e sabemos da facilidade que estas doenças têm de se multiplicar e causar prejuízos. Ora, se temos uma preocupação desta com a agropecuária, temos que ter, sobretudo, com as pessoas também”, finaliza Guilherme.