Mato Grosso
Sistema Famato participa de reunião estratégica na FAERJ
Foram apresentadas às perspectivas e ações para que o estado do Rio de Janeiro alcance o status de livre da Febre Aftosa sem vacinação
Por: Assessoria FAERJ
Fonte: Assessoria FAERJ
O Sistema Famato representado pelo presidente Vilmondes Tomain e pelo 2° vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Amarildo Merotti, participou nesta terça-feira (20/06), de uma reunião na Federação da Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Faerj), onde foram apresentadas às perspectivas e ações para que o estado do Rio de Janeiro alcance o status de livre da Febre Aftosa sem vacinação. O encontro foi conduzido pelo presidente da Faerj, Rodolfo Tavares.
O Rio de Janeiro faz parte do Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA). O Bloco IV é composto por 10 estados e o Distrito Federal (Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Tocantins e o Distrito Federal).
Os estados de Mato Grosso, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins obtiveram autorização do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para suspender a vacinação em 2023. A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
“A Febre Aftosa, trouxe impacto financeiro na pecuária brasileira, passou a ser erradicada por etapas até que em Mato Grosso se tornou livre da doença em 1996 e o vírus rondou o estado até 2007. A vacinação do rebanho iniciou-se a partir de 1992, o que foi determinante para o combate à doença. E para ganhar um novo status sanitário de ser livre de febre aftosa sem vacinação, o governo do estado de Mato Grosso, os produtores rurais, e as entidades do agro tiveram que cumprir uma série de requisitos estabelecidos pelo Mapa. Por meio de investimentos do governo estadual e por meio do Fundo de Emergência de Saúde Animal do Estado de Mato Grosso (Fesa/MT), mantido pelo setor produtivo rural, o estado de Mato Grosso conseguiu atender as demandas”, contou o presidente do Sistema Famato Vilmondes Tomain.
Vilmondes destacou ainda que o cumprimento das ações determinadas pelo Mapa, foi possível graças à união entre o setor e o governo de Mato Grosso.
“A união entre o sistema sindical, produtores rurais, Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Fesa-MT e entidades do agro possibilitou o cumprimento das ações determinadas pelo Mapa. Os investimentos do Fesa-MT proporcionaram a independência da iniciativa privada para ajudar no desenvolvimento da pecuária mato-grossense. Hoje existe uma parceria com o governo de Mato Grosso para a aplicação de 100% do Fethab em infraestrutura, o que favorece o setor e a economia do estado. Assim como aconteceu em Mato Grosso, acredito que para os estados do Rio de Janeiro, Sergipe e Bahia é preciso apoio e investimento por parte dos governos estaduais e a união do setor”, disse Tomain.
Para o presidente da FAERJ, Rodolfo Tavares, a diversidade de experiências e o engajamento de diferentes entidades enriquecem as discussões e contribuem para a busca de soluções efetivas. “A conquista do status de livre da Febre Aftosa - Sem Vacinação trará benefícios para a economia do Rio, permitindo a abertura de novos mercados e fortalecendo a imagem dos produtos agropecuários fluminenses no cenário nacional e internacional”, pontuou.
Amarildo Merotti que também é presidente da Comissão de Coordenação dos Grupos Gestores (CCGE) do Bloco IV apresentou as ações necessárias que deverão ser cumpridas pelo Rio de Janeiro e pelos estados de Sergipe e Bahia. “O envolvimento da classe política para resolver as pendências do bloco IV é muito importante. Os três estados precisam estar alinhados nas estratégias de trabalho. O prejuízo será muito grande para os que não acompanharem o bloco IV”, reforçou Amarildo.
O médico veterinário e analista de Pecuária da Famato, Marcos de Carvalho, explicou que os estados Rio de Janeiro, Sergipe e Bahia não conseguiram avançar no plano estratégico, por tanto continuam vacinando seus rebanhos.
“A ideia é que essa reunião também aconteça com os estados da Bahia e Sergipe. É importante que os três estados consigam mobilizar as classes políticas e cumpram as metas determinadas pelo Mapa. Os governos e as equipes gestoras precisam andar juntas. Em maio de 2024, o bloco IV deve entrar com o processo junto à Organização Mundial de Saúde Animal para obter o reconhecimento Internacional de Zona Livre da Febre Aftosa sem Vacinação. Então, como consequência se esses três estados não conseguirem avançar, eles ficaram impedidos de enviar animais para maior parte do Brasil, ficando assim, isolados. Por isso, reforço a importância do envolvimento da classe política. É preciso conscientizá-los do risco que o estado está correndo. A proposta do Mapa para esses três estados é avançar até novembro de 2023 para, em abril, fazer a última vacinação. E a partir de maio de 2024 entrar junto com o bloco IV nesse reconhecimento Internacional de Zona Livre de Febre Aftosa sem Vacinação”, explicou Marcos de Carvalho.
Também participaram da reunião o deputado Federal por Mato Grosso, Coronel Assis, o diretor Técnico da Associação do Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Francisco Sales Manzi, o diretor executivo do Fesa-MT, Juliano Ponce, o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro, Flávio Campos e o deputado Jair Bittencourt ‐ Vice Presidente da Comissão de Agricultura da ALERJ e representantes do Grupo Gestor do Rio de Janeiro.