Santa Catarina
Tendências do agro e segurança no campo foram destaques no 1º Encontro Agro do Sicoob em São Miguel do Oeste
Evento reuniu mais de 200 pessoas, entre produtores rurais, lideranças e profissionais da área
Por: MB COMUNICAÇÃO
Fonte: MB COMUNICAÇÃO
O Sistema Faesc/Senar-SC (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) foi apoiador do 1º Encontro Agro promovido pelo Sicoob São Miguel, no último fim de semana, em São Miguel do Oeste. O evento reuniu mais de 200 pessoas entre produtores rurais, lideranças e profissionais da área.
Após explanação do presidente do Sicoob São Miguel, Edemar Fronchetti, sobre o Cenário Atual do Plano Safra 2022/2023 e expectativas 2023/2024, o coordenador do Centro Estadual de Combate aos Crimes contra o Agronegócio (CAOAGRO) e diretor de Policia Civil para a região Oeste, delegado Fernando Callfass, apresentou o sistema de repressão aos crimes contra o agronegócio em Santa Catarina. Além de destacar os bons resultados do setor, o palestrante demonstrou de que forma as ferramentas podem ser úteis a quem precisar do serviço e demonstrou como acessar o Centro de Apoio.
Em seguida, o vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, abordou as “Tendências de negócios e perspectivas de mercado para o agro”. Durante explanação, Barbieri falou sobre o atual cenário agrícola e alertou sobre os cuidados que devem adotados para evitar prejuízos na próxima safra. “Quando o produtor iniciou o plantio da safra 2021/2022 plantou com preços baixos e, apesar da estiagem, colheu com preços altos. Agora, está plantando com preços altos e colherá com preços baixos”.
Também falou sobre as intensas chuvas que vêm comprometendo a agricultura no Estado e ressaltou que desde 2014 não eram registrados tantos dias chuvosos como em setembro e outubro de 2022. Segundo ele, o excesso de chuva tem atrapalhado o desenvolvimento de algumas culturas e atrasa o plantio de outras. É o caso do milho e da soja, que pelos dias chuvosos, começam a ter problemas. A lavoura do milho, por exemplo, em Santa Catarina foi plantada até o final de setembro, mas com o clima chuvoso e poucos dias de sol há dificuldade na germinação do milho, inclusive, com a terra muito fria. “Com isso, começamos a imaginar que teremos problemas futuros de quebra de safra, pois, afinal de contas, há mais de 30 ou 40 dias tem milho plantado e poucos dias foram de sol”.
Barbieri também falou sobre a previsão do La Niña (fenômeno climático-oceânico caracterizado pelo resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico), que interferirá na escassez de chuva nos meses de novembro e dezembro. “Infelizmente, todos os institutos de meteorologia estão fazendo essa previsão. Por isso, a orientação é que os produtores tenham muito cuidado de agora em diante para garantir o plantio de uma safra de forma segura, com umidade e no tempo certo”, reforçou.
Por fim, o vice-presidente da Faesc alertou para que os produtores não arrisquem como muitos fizeram no passado, plantando duas safras em um único período. “Isso é perigoso porque não temos em Santa Catarina uma cultura de contratar seguro agrícola”.
Para o presidente do Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, foi uma satisfação participar desse evento, promovido pelo Sicoob São Miguel. “Como entidade que preza pelo fortalecimento do setor produtivo, somos parceiros de ações que valorizam a produção agrícola e transmitem conhecimentos e orientações para manter os produtores preparados para os desafios do mercado”.
Também estiveram presentes no evento o presidente do Sindicato Rural de São Miguel do Oeste Adair José Teixeira, a supervisora regional do Senar/SC Grasiane Viêra, o delegado regional de Polícia de São Miguel do Oeste Wesley Andrade, o delegado da Comarca de São José do Cedro Sandro Zancanaro, entre outros.
