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O QUE É DENGUE?

A dengue é uma doença causada por um vírus transmitido pela picada dos mosquitos Aedes aegypti e pode afetar bebês, crianças, adultos e idosos.

O vírus da dengue apresenta quatro sorotipos, em geral, denominados DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4.

No Brasil, os vírus da dengue são transmitidos pela fêmea do mosquito Aedes e podem causar tanto a manifestação clássica da doença quanto a forma considerada grave.

O mosquito da dengue também transmite chikungunya e Zika.

Para algumas pessoas há maior risco de evolução para casos graves da dengue:

Crianças (até 2 anos).
Idosos acima de 65 anos.
Gestantes.
Pessoas com doenças crônicas (hipertensão e diabetes).

SINAIS E SINTOMAS

A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém parte deles podem apresentar formas graves, inclusive irem a óbito. A quase totalidade dos óbitos por dengue é evitável.

Principais sintomas:

Febre.
Dor no corpo e/ou nas articulações.
Dores de cabeça e atrás dos olhos.
Manchas vermelhas pelo corpo (exantema).
Mal-estar.
Falta de apetite.

Dengue grave

Com o declínio da febre (entre o 3° e o 7° dia do início da doença), sinais de alarme podem surgir e marcar o início da piora da doença. Esses sinais indicam o extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos e/ou hemorragias.

Fique atento aos sinais de alerta:

Dor forte e persistente na região da barriga.
Vômitos persistentes.
Acúmulo de líquidos em cavidades corporais (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
Queda de pressão.
Cansaço e/ou irritabilidade.
Sangramento pelo nariz, gengivas, vômitos e, às vezes, pelas fezes.

Destaque: Ao perceber sintomas, beba muita água e procure imediatamente atendimento médico de emergência.

DIAGNÓSTICO DA DENGUE

Não há recomendação para realização de exames específicos para o diagnóstico da doença, já que esse é baseado nos sinais e nos sintomas apresentados.

No entanto, para apoiar o diagnóstico clínico existem disponíveis técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia de início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia de início da doença).

TRATAMENTO

O tratamento é baseado principalmente na reposição adequada de líquidos (hidratação).

Ainda não existe tratamento específico para a doença.

Por isso, conforme orientação médica, em casa, deve-se realizar:

Repouso.
Ingestão de líquidos (água e outros líquidos).
Não se automedicar.
Procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou de surgimento de pelo menos um sinal de alarme.
Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

Em caso de sintomas, beba muita água.

DENGUE E O PERIGO DA AUTOMEDICAÇÃO

Alguns medicamentos são contraindicados em caso de suspeita de dengue, pois podem aumentar o risco de sangramento:

Aspirinas e AAS (Ácido acetilsalicílico).
Ibuprofeno e nimesulida.
Prednisona e hidrocortisona.

PREVENÇÃO

A principal medida de prevenção é a eliminação de criadouros, impedindo o nascimento do mosquito.

Inspecione a propriedade e identifique locais de risco para proliferação do mosquito.
Inspecione barragens e pesqueiros desativados.
Limpe regularmente os bebedouros de animais. Eles devem ser escovados e a água, trocada, no máximo, a cada cinco dias.
Aplique larvicida em plantas ornamentais que acumulam água, como as Bromélias.
Coloque areia nos vasos de plantas.
Mantenha poços, cisternas e caixas d’água bem fechadas.
Limpe bem as calhas da casa e os galpões.
Faça o descarte das embalagens de insumos em locais apropriados, cobertos e secos.
Amarre bem os sacos de lixo.
Guarde pneus, baldes, carrinhos de mão e outros utensílios que acumulem água em locais cobertos.
Não acumule sucata ou entulhos.
Esvazie garrafas PET, potes e vasos.
Cubra com barro ou cimento as cavidades em cercas de pedra, muros, árvores, pedras e outros para evitar acúmulo de água.