Minas Gerais
ATeG em Minas Gerais: Parceria com IMA quer estimular a certificação
Por: SENAR MINAS
Produtores de café atendidos pelo Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG podem estar mais próximos do Programa Certifica Minas, após a reunião realizada entre o Sistema FAEMG/SENAR/INAES e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), esta semana. Na videoconferência conduzida pelo gerente de Assistência Técnica e Gerencial, Bruno Rocha de Melo, as equipes conversaram sobre uma ação em conjunto que estimule os produtores a buscar a certificação. O piloto seria feito com cafeicultores da Zona da Mata.
“Hoje, o ATeG ajuda o produtor a desenvolver o seu negócio em vários aspectos, faltando muito pouco para que esteja apto para solicitar uma auditoria para a certificação. Queremos evoluir todos os processos das cadeias alinhados às normas de certificação, para que possamos ter segurança ao indicar a propriedade para ser auditada, promovendo de forma consistente essa agregação de valor aos produtos agropecuários”, disse Bruno Melo.
Segundo a diretora técnica Cristiane Almeida Santos, do IMA, a autarquia tem interesse em estimular a certificação cada vez mais em todas as cadeias, não só na do café. “O selo do Certifica Minas agrega valor à produção. Essa parceria contribuirá para o esclarecimento do produtor sobre o papel de cada entidade no processo até a certificação. Vai mostrar que cada passo depende de um trabalho anterior para funcionar e ele precisa investir nisso”.
Perfis e metodologias
De acordo com a analista técnica Nathália Rabelo, coordenadora dos segmentos de vegetais do ATeG, hoje, cerca de 510 cafeicultores da Zona da Mata têm condições de evoluir para certificação – mas o número pode aumentar. “Sabemos que nem todos têm o perfil para isso, mas a rastreabilidade está bem precisa. Isso se deve ao acompanhamento que os técnicos fazem das anotações gerenciais, que são muito bem feitas. Acredito que as adequações serão poucas”.
Para o gerente de certificação do IMA, Rogério Fernandes, as fazendas parecem estar muito bem preparadas apara atender aos requisitos do IMA. Ele inclusive acredita que é possível trabalhar a obtenção do selo para produtos orgânicos e Sem Agrotóxicos - SAT. “As duas metodologias são relativamente fáceis de trabalhar. O SAT ainda é pouco conhecido, mas tem crescido muito por ser uma alternativa para o produtor que quer produzir orgânicos, mas ainda precisa utilizar adubos químicos”, explica.
Outra proposta é promover workshops junto a equipe de técnicos que já atua no Programa ATeG possibilitando que compreendam os meios para aprimorar seu trabalho de preparação das propriedades rurais para a certificação. “Temos um Sistema de Gestão da Qualidade muito bem desenvolvido e podemos preparar a equipe para isso. O SENAR MINAS é o único do Brasil que possui a certificação ISO 9001, renovada anualmente”, informou Bruno Rocha de Melo.
Formalização é renda
A equipe do IMA foi apresentada ao Programa ATeG e às perspectivas de expansão nas propriedades e cadeias atendidas. Ainda, à orientação do SENAR Nacional para atuar na formalização dos produtores. “O produtor formalizado produz mais e gera mais renda, movimentando a cadeia e a economia. A certificação agrega valor”, reforçou Bruno Melo.
Atualmente, o Programa ATeG atende 9.800 propriedades, com mais de 126 mil visitas realizadas. Além de Bruno Melo, participaram da reunião a assistente da Gerência de Assistência Técnica e Gerencial Sandra Regina Maciel e, pelo IMA, a coordenadora do Programa Certifica Minas Café Teresa Assis.