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Brasil precisa ter visão estratégica para reduzir dependência externa de fertilizantes, diz CNA
Audiencia enio

Entidade participou de audiência pública na Câmara

21 de maio 2024
Por CNA

Brasília (21/05/2024) – Em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, na terça (21), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmou que o Brasil precisa ter visão estratégica e uma política de estado para desenvolver o setor de fertilizantes e reduzir a dependência externa desses insumos.

O tema da audiência conjunta nas Comissões de Agricultura e de Minas e Energia foi o Projeto de Lei 4338/2023, que institui o “Programa Emergencial para a Fabricação da Amônia e Ureia” e propõe a captação de recursos da União para subvencionar os preços do gás natural usado como matéria-prima desses compostos.

Representes do setor privado e do governo discutiram os impactos que o investimento na produção nacional de amônia e ureia podem gerar para os setores agropecuário e industrial brasileiro, para a economia em geral, meio ambiente e para a saúde da população.

O consultor de Mercado da CNA, Ênio Fernandes, falou da necessidade e viabilidade de incentivar a produção nacional de fertilizantes. “Os grandes produtores desses insumos são nossos concorrentes ou estão em regiões de grande conflito político. E se essa cadeia for interrompida? Toda sociedade perde”.

Consultor de Mercado da CNA, Ênio Fernandes, fala em audiência na Câmara dos Deputados Consultor de Mercado da CNA, Ênio Fernandes, fala em audiência na Câmara dos Deputados

Para o consultor, o Brasil não pode continuar dependendo de importação e, para isso, precisa desenvolver parte desses insumos internamente.

Durante a audiência, o consultor destacou a importância de o país ter uma visão estratégica e de longo prazo. “É impossível garantir que teremos parcerias com os países para sempre, então precisamos reagir”.

Atualmente, mais de 87% dos fertilizantes usados pela agricultura nacional são importados, ao custo de US$ 25 bilhões anuais. A expectativa do Plano Nacional de Fertilizantes é chegar em 2050 com uma produção nacional capaz de atender entre 45% e 50%.

Assista a audiência na íntegra:

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