Campo Futuro levanta custos de produção em MG e SE
Projeto analisou as culturas da banana, café e grãos
Brasília (18/08/2023) – A CNA, por meio do projeto Campo Futuro, levantou nessa semana os custos de produção da banana, café e de grãos em Minas Gerais e Sergipe.
Os painéis são realizados em parceria com as federações de agricultura e pecuária dos estados, sindicatos rurais, produtores e analistas de universidades e centros de pesquisa.
Em Jaíba (MG), a análise foi feita em uma propriedade modal com 20 hectares cultivados com banana nanica e produtividade média de 45 toneladas por hectare. A região possui produção de banana prata anã e de banana nanica, mas nos últimos anos houve um incremento na participação da banana nanica.
“Painel semelhante foi realizado em 2020, e à época, a produtividade fechava em 50 ton/ha. A redução esteve atrelada ao incremento nos custos, especialmente com insumos e desafios fitossanitários para a cultura”, afirmou a assessora técnica da Comissão Nacional de Fruticultura da CNA, Letícia Fonseca.
No café, o Campo Futuro analisou uma propriedade modal com cinco hectares de café arábica em Manhumirim (MG). A produção é conduzida por mão de obra familiar, cultivo em sequeiro, condução e colheita manual.
De acordo com Raquel Miranda, técnica da Comissão Nacional do Café, em comparação com o levantamento dos custos realizado em 2022, observou-se redução com os desembolsos dos principais componentes do custo de produção, com recuo de 15% em mão de obra, 43% em fertilizantes e de 15% com defensivos, possibilitando uma redução de 14% no total dos desembolsos diretos.
“No entanto, no mesmo período a receita bruta da atividade reduziu em 37%. No atual cenário de queda dos preços do café, a produção no modal de Manhumirim apresenta margem bruta negativa.”
Em Sergipe, o projeto analisou os custos de produção do milho terceira safra do ciclo 2022/23 em Itabaiana.
Segundo o levantamento, o produtor médio definido pelo painel em Sergipe, que utiliza alta tecnologia, precisa produzir no mínimo 108 sacas por hectare para pagar pelo menos os gastos diretos com a atividade.
“O cenário é preocupante visto que o cinturão de produção do Sealba apresentou variações de produção. Mais ao sul, os produtores relataram quebra devido à seca e mais ao norte do estado, a produção deve atender às expectativas”, observou Tiago Pereira, técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA.
Na média, a produtividade do painel prevista para a região é de 105 sacas por hectare e, segundo os dados preliminares obtidos no painel, o custo de produção se manteve semelhante em relação ao ano passado.
“Mas, apesar da redução no valor de alguns insumos como os fertilizantes, diesel e defensivos, o custo da produção do milho continua alto”, ressaltou o técnico.
Como os insumos foram comprados após o período de picos de preços da safra 2022/2023, os produtores reduziram os gastos com alguns componentes do custo de produção. Já os gastos com inseticidas, por exemplo, aumentaram 50% no período analisado.
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