Paraná
CEMF projeta formação de novos grupos locais para 2023
Coordenação elencou principais ações para o próximo ano, que incluem eventos e capacitação técnica, além de mobilização nos sindicatos rurais
A Comissão Estadual de Mulheres da FAEP (CEMF) já está com o planejamento estratégico concluído para 2023. O grupo, formado por 16 coordenadoras, se reuniu em novembro para apresentar os resultados de 2022 e estruturar as ações para o próximo ano. O encontro também contou com a presença das presidentes dos sindicatos rurais de Juranda, Tereza Patek Roman; de Uraí, Sueli Bachim; e de Ibiporã, Florisa Satie Hoshino.
“O grupo está amadurecendo e, por isso, estamos conseguindo fazer um trabalho mais focado. Essa é a nossa segunda reunião de planejamento, e, agora que conhecemos a dinâmica, podemos dizer que estamos mais familiarizadas com o processo”, afirma a coordenadora da CEMF, Lisiane Czech.
Para 2023, a CEMF mantém como objetivo a consolidação de novas comissões locais nos sindicatos rurais do Paraná. A proposta é que sejam criados 54 grupos, mobilizando cerca de 700 mulheres. Em 2022, a Comissão Estadual alcançou o número de 47 comissões locais, superando a meta estabelecida.
“Nós começamos em um ano de pandemia, com inúmeras restrições, mas conseguimos ultrapassar o número de grupos locais que tínhamos planejado. A expectativa é continuar com esse trabalho, atingindo mais cidades e visando a participação mais ativa das mulheres nos sindicatos”, aponta a coordenadora regional em Astorga, Malu Anchieta.
Paralelamente ao fomento de novos grupos, a CEMF vai acompanhar o trabalho desenvolvido nas comissões já criadas. Segundo Lisiane, a preocupação é que os grupos se mantenham ativos e produtivos. Uma das estratégias para esse suporte já teve início em 2022, com as consultorias personalizadas, disponibilizadas pela FAEP para identificar as demandas de cada município e colocar as ideias em prática.
Plano de ações
Um dos momentos da reunião foi reservado para as coordenadoras avaliarem o trabalho realizado em cada região ao longo de 2022. Neste momento, foram elencados aspectos positivos de cada ação, apontando o que pode ser melhorado e as formas de conduzir as atividades no próximo ano.
O grupo também pôde assistir a uma palestra sobre ESG com a diretora do Sistema FAEP/SENAR-PR, Fabiana Campos Romanelli. O termo, com origem na sigla em inglês Environmental (Ambiental), Social (Social) e Governance (Governança), está relacionado à implantação de práticas socialmente responsáveis, ambientalmente sustentáveis e administradas de maneira correta. Segundo Lisiane, a Comissão Estadual já colocou o assunto no radar para 2023.
A capacitação técnica também entra na lista de prioridades da CEMF para 2023. O desenvolvimento pessoal, com cursos de oratória e comunicação assertiva, a sucessão familiar e a liderança rural estão entre as principais demandas. “A comunicação vai ser importante para alinharmos as ideias e repassarmos a mensagem com mais eficácia para as mulheres, entendendo como cada uma pode se encaixar nesse processo. A organização da comunicação via mídias sociais também será muito valiosa”, ressalta a coordenadora regional da CEMF em Santo Antônio da Platina, Ligia Buso.
Além disso, o grupo já marcou diversos compromissos para 2023, como a participação no Show Rural, em Cascavel, em fevereiro; acompanhamento dos eventos do mês da mulher nos sindicatos rurais, em março; encontro de coordenadoras locais com visita técnica na Coamo, em abril; participação na série de encontros “Liderança Rural – Cultivando Conexões”, promovidos pelo Sistema FAEP/SENAR-PR, em julho; 11º Encontro de Produtoras Rurais, em Cascavel, em agosto; e Encontro Estadual de Líderes Rurais, no final do ano.
Coordenadora da CEMF conquista Prêmio Produtor Rural 4.0
A coordenadora regional da CEMF Carla Rossato, produtora rural de Sertanópolis, ficou em 1º lugar na segunda edição do Prêmio Produtor Rural 4.0, realizado pelo AgroBIT Brasil, no dia 9 de novembro, em Londrina, no Norte do Paraná. O concurso tem como objetivo reconhecer produtores rurais que utilizam inovação e tecnologia em seus processos, serviços ou produtos, com melhoria efetiva dos resultados e promoção à sustentabilidade econômica, social e ambiental.
Carla é agricultora de soja e milho na região Norte e sócia da Agropecuária Rossato & Filhas. Na safra 2021/22, a produtora testou em primeira mão a semeadura em taxa variável e a combinação de genética no mesmo campo, obtendo bons resultados. Em uma das propriedades, a Fazenda Bom Jesus, onde foi utilizado o sistema de semeadura e adubação em taxa variável, GPS em máquinas agrícolas e zonas de manejo, o resultado foi um ganho de 319 kg/ha (+19%) com taxa variável na zona de alta fertilidade.