CNA debate desenvolvimento tecnológico com uso e proteção de dados do produtor rural
Entidade promoveu conversa ao vivo pelas redes sociais, na terça (6)
Brasília (06/10/2020) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu, na terça (6), uma conversa ao vivo pelas redes sociais, para debater o desenvolvimento tecnológico com uso e proteção de dados do produtor rural.
A live teve a participação do diretor administrativo da GGF, André Ferrarin, do presidente da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP), Márcio Albuquerque, e do coordenador Geral de Inovação Aberta da Secretaria de Inovação do Ministério da Agricultura, Daniel Trento.
O presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Ricardo Arioli, foi o moderador da discussão. Segundo ele, a revolução da agricultura 4.0 trouxe novas ferramentas digitais que permitem a coleta de dados no campo em tempo real.
“Com todo esse avanço, a nossa maior preocupação é se essas informações e dados recolhidos nas propriedades rurais pelas empresas prestadoras de serviços serão mantidos em segurança”.
Arioli citou a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), nº 13.709/2018, que entrou em vigor em setembro, e assegura o direto à privacidade e à proteção de dados pessoais. “A lei traz novas regras para proteção de dados e acredito que o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) será um importante agente nessa questão de tratamento dos dados dos produtores”.
Durante o debate, o diretor administrativo da GGF, André Ferrarin, contou um pouco da experiência da empresa com uso da agricultura de precisão. “A inovação está no DNA da empresa. A nossa trilha digital começou no início dos anos 2000 e hoje deixamos de ser expectadores para sermos gerenciadores da atividade agrícola”.
Ferrarin afirmou que o uso da rastreabilidade, por exemplo, permitiu o grupo avançar em dois pontos: transparência e segurança das informações. “Com a tecnologia, conseguimos formatar um seguro rural personalizado. A rastreabilidade é um diferencial para agregar valor ao produto, mostrar qualidade e eficiência da produção”.
O presidente da CBAP, Márcio Albuquerque, disse que os dados coletados com o uso da tecnologia na produção agropecuária são fundamentais para a tomada de decisão do produtor. “É muito importante que o produtor faça a gestão rural baseada em dados e informações”.
Albuquerque também falou sobre o desenvolvimento tecnológico no Brasil. “Não podemos utilizar só a tecnologia que vem de fora. A tecnologia agrícola digital desenvolvida aqui leva em consideração a nossa realidade”.
Na transmissão online, o representante do Mapa, Daniel Trento, informou que a proteção de dados é um dos desafios do setor e está na agenda de prioridades do Ministério. “O nosso trabalho é informar o produtor sobre quais melhores práticas de uso de dados para geração de negócios”.
De acordo com ele, o setor agropecuário precisa de investimento em conectividade e capacitação de pessoas para trabalharem com a tecnologia. “Sem a conectividade não há ferramentas digitais e as pessoas precisam ter acesso à tecnologia. A educação a distancia, por exemplo, é uma forma de levar todo esse conhecimento”, disse.
Para o presidente da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas, Ricardo Arioli, a CNA é o fórum mais adequado para debater essa questão da coleta, uso e proteção dos dados da agropecuária brasileira. “Certamente o assunto voltará a ser debatido nas Comissões Nacionais em breve”.
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