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Aliança Agroeconômica divulga relatório trimestral
Documento apresenta análises de mercado e custos de produção agropecuária do 4º trimestre de 2021 na região Centro-Oeste
Brasília (27/01/2022)
- A Aliança Agroeconômica, grupo que conta com análises e dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Federações de Agricultura e Pecuária do Centro-Oeste, divulgou na quinta (27) o relatório agroeconômico do 4° trimestre de 2021.
O documento traz um comparativo anual da participação da região nas exportações brasileiras, bem como um balanço da pecuária de corte. Além disso, apresenta uma retrospectiva da safra 2020/2021 das culturas de soja, milho e algodão, na qual destaca as dificuldades enfrentadas no último ano, e exibe as perspectivas para a temporada 2021/2022.
Em 2020, o atraso na chegada das chuvas no Centro-Oeste prejudicou os trabalhos a campo tanto da soja 1ª safra, quanto do milho e algodão 2ª safra. Além da escassez de chuvas no período da semeadura da soja, os elevados volumes registrados no início de 2021 trouxeram prejuízos para os agricultores na região. Com isso, a semeadura do milho e do algodão foi pressionada para fora da janela ideal, especialmente em Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul.
O estado mais prejudicado pelos problemas climáticos foi Goiás, que além dos problemas com a seca, também enfrentou geadas durante a safra, refletindo na queda de 34,7% na produção do milho 2ª safra e de 23% na produção total de algodão, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O relatório apontou que em função da menor oferta e da demanda firme, as cotações de soja, milho e algodão exibiram valorização expressiva ante ao ano de 2020. Apesar disso, os custos de produção registraram alta na safra, afetando a rentabilidade do produtor.
Para este ano, o clima tem contribuído para boas expectativas de safra até o momento. Conforme o assessor técnico do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Thiago Rodrigues, o ciclo 2021/2022 de soja começou com bons volumes de chuvas em Mato Grosso, propiciando a semeadura em tempo recorde. Dessa forma, a colheita foi iniciada no fim de dezembro de 2021 no estado, liberando espaço para a semeadura do milho e do algodão na janela ideal.
No Mato Grosso do Sul, a colheita ainda não teve início e a escassez de chuvas e as elevadas temperaturas preocupam alguns produtores. Porém, até o momento, a previsão para a produção é otimista, devido à estimativa de incremento na área.
Já em Goiás, as precipitações estão dentro do ideal, o que traz boas perspectivas tanto para a soja em desenvolvimento, quanto para as culturas de 2ª safra.
“É importante ressaltar que, mesmo que os preços se mantenham nos mesmos patamares de 2021, a alta contínua dos custos de produção, provocado pela escassez de insumos, pode ser um obstáculo para os produtores nesta safra”, afirmou Rodrigues.
– Formada em 2018, a partir de uma cooperação técnica entre CNA, Instituto CNA (ICNA), Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e Instituto para o Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (IFAG), a Aliança Agroeconômica tem como objetivo integrar ações de pesquisas e estudos no Sistema CNA/Senar do setor agropecuário.
Entre as ações do grupo está a elaboração do relatório agroeconômico do Centro-Oeste, material é voltado para auxiliar o produtor rural em suas tomadas de decisão e atender demandas específicas do setor agropecuário, contribuindo para a eficiência na difusão de informações.
Veja o relatório completo aqui .
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