CNA realiza levantamento de custos de produção de leite e café
Painéis do projeto Campo Futuro reuniram produtores de Miguel Calmon (BA), Capelinha (MG) e Monte Carmelo (MG)
Brasília (05/05/2023) – O projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizou nesta semana levantamentos de custos de produção do café e pecuária de leite em Minas Gerais e Bahia, respectivamente, para reunir informações da realidade das cadeias produtivas nas duas regiões.
O painel de leite ocorreu na sexta (5), no município de Miguel Calmon (BA). Representantes do setor produtivo, assistência técnica, indústrias e técnicos de revendas agropecuárias se reuniram no sindicato rural para caracterizar a produção de leite na região.
O levantamento da cadeia produtiva do leite identifica a área destinada à atividade, as forragens utilizadas, características do rebanho, índices zootécnicos, manejos conduzidos, capital imobilizado, entre outros.
O assessor da Comissão Nacional de Bovinocultura de Leite da CNA, Guilherme Dias, acompanhou o painel e informou que em Miguel Calmon foi identificada a evolução da atividade leiteira nas propriedades modais, onde investimentos em melhoramento genético, planejamento forrageiro e atuação da assistência técnica vêm contribuindo sobremaneira para o aumento da produtividade.
“Com melhor nutrição e genética, os índices zootécnicos do rebanho foram acrescidos, com a idade ao primeiro se reduzindo em dois meses, fazendo com que os animais entrem mais cedo em produção”, disse.
O melhor regime de chuvas na região também influenciou nos bons resultados técnicos, uma vez que a maior produção de forragens e estratégias de conservação têm contribuído para menor variação na produção anual de leite. Em relação ao painel realizado em 2020 no município, a produção diária aumentou 16%, alcançando 175 litros, por meio da ordenha de 13 animais de linhagem predominantemente da raça Girolando.
O levantamento identificou que os valores recebidos pelo leite permitiram cobrir os desembolsos com a atividade (COE) e se igualaram às despesas de depreciação e pró-labore do produtor (COT), permitindo a renovação da infraestrutura no médio prazo. Contudo, ao considerar remuneração do capital imobilizado, os valores recebidos pelos produtores ficaram 30% abaixo do necessário. Para contornar esse entrave, uma estratégia seria o foco no aumento da produtividade dos empreendimentos, com vistas a diluir tais custos em um maior volume de leite.
Café – Já na quinta (4), a CNA coletou os dados de café arábica em Monte Carmelo e na quarta (3) em Capelinha, ambos municípios de Minas Gerais. Os dois painéis reuniram cafeicultores e os presidentes dos sindicatos rurais de Monte Carmelo, Durval Resende Neto, e de Capelinha, Murilo Barbosa Horta.
Também acompanharam os encontros representantes da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) e do Centro de Inteligência de Mercado da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA).
De acordo com as informações levantadas, para a propriedade modal de Capelinha, na comparação com o painel realizado em 2022, houve redução nos desembolsos com os principais componentes do custo de produção, com destaque para mão de obra (6%), mecanização (23%), fertilizantes (33%), e defensivos (7%).
Em Monte Carmelo, foi observada uma elevação dos desembolsos com mecanização (70%) e defensivos (22%), em razão dos investimentos em pacote tecnológico do modal. Por outro lado, houve queda nos gastos com irrigação (55%) e fertilizantes (29%), o que possibilitou uma redução de 5% no Custo Operacional Efetivo (COE) da saca de café.
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