Minas Gerais
Com SuperAção Brumadinho, olericultor amplia produção em 34%
Por: SENAR MINAS
A Fazenda Henrique Campos, no município de Sarzedo, faz parte do Programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) Olericultura, por meio da parceria do Sistema FAEMG/SENAR/INAES com o Sindicato Rural de Brumadinho, dentro do Programa SuperAção Brumadinho. Com o acompanhamento do programa, a capacidade produtiva aumentou cerca de 34% e a propriedade passou a ser compreendida como empresa rural.
Em janeiro e fevereiro de 2020, as primeiras colheitas, predominantemente de alface, agrião, almeirão, brócolis e cebolinha, contabilizaram 70.200 unidades. Com o ATeG, esse número saltou para 94.532. “O produtor foi destaque desde o início do atendimento. Ele tinha controle das produções, mas não de forma muito detalhada. Com as orientações específicas do programa, ele passou a dar mais relevância para a mensuração dos dados gerenciais e está satisfeito”, destacou o técnico de campo, Altino Júnior Mendes Oliveira.
Outra ação importante para melhoria técnica e financeira foi a utilização do milho como forma de sucessão de culturas, estratégia para a quebra de ciclos de pragas e controle de doenças e plantas daninhas. O técnico explicou que os resultados surgiram com ações pontuais, como a coleta e a análise de solo da área de plantio. Foram aplicadas quatro toneladas de calcário por hectare e feita a adubação correta de plantio e cobertura. A resposta foi eficiente, e a produção passou de 6.000 para 10.200 kg/ha, um aumento de 107% na renda.
Além de ser empregada na sucessão de culturas e proporcionar renda extra, essa cultura contribuiu para melhoria na estrutura, na qualidade física, química e biológica do solo e para o aumento da matéria orgânica. Com isso, há redução dos gastos operacionais, com defensivos para controle de pragas e doenças, por exemplo, e elevação da produção de culturas como alface, brócolis e almeirão.
“O produtor empregou técnicas que têm efeito exponencial. Outro motivo dos resultados alcançados foi a implantação do método gerencial do SENAR: ele conseguiu entender a propriedade com mais dados e detalhes, facilitando a tomada de decisões”, explicou o técnico.
De geração em geração
Na propriedade, três gerações dedicam-se aos produtos da horta há, pelo menos, 30 anos. O agricultor João Paulo Amorin Henrique, de 26 anos, responsável pela produção, cresceu em meio à agricultura e segue firme na atividade juntamente com o pai e os avós. Mesmo com todo o conhecimento adquirido ao longo dos anos, ele reconhece que as novidades que conheceu com o ATeG foram responsáveis pelos resultados positivos.
“Tivemos menores perdas e foi visível o aumento da produção em um mesmo espaço de área plantada. Na gestão, fica mais claro o que está rendendo ou não ou o que vale a pena continuar investindo”, comemorou o agricultor. O plano, agora, é expandir a produção em estrutura de estufa e hidroponia.
