COP 30: Pavilhão AgroBrasil discute ​​protagonismo da cafeicultura nacional

Painéis ocorreram na AgriZone, na sexta (14)

Por Sistema CNA/Senar na COP 30 14 de novembro 2025
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Belém (14/11/2025) – Na sexta (14), durante mais um dia de eventos na COP 30, o pavilhão AgroBrasil, do Sistema CNA/Senar, promoveu a Solenidade de Abertura da Cultura Cafeeira e reuniu lideranças do setor para discutir avanços e oportunidades do café brasileiro.

Ademar Pereira, vice-presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, destacou a trajetória da cafeicultura brasileira. “Ter um espaço de debate dedicado ao café, dentro do Pavilhão AgroBrasil, na COP 30, evidencia o valor e o reconhecimento de um setor que evoluiu, se profissionalizou e hoje reúne sustentabilidade, inovação e capacidade produtiva”, disse.

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Vinicius Estrela, diretor executivo na Brazil Specialty Coffee Association (BSCA), ressaltou a importância da colaboração entre entidades e lembrou que essa união impulsionou o salto dos cafés especiais. Silas Brasileiro, presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), falou da evolução do setor diante de desafios climáticos, de mercado e de certificação.

Já Marcos Matos, diretor-geral do Conselhos dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), defendeu uma atuação coletiva para fortalecer o café brasileiro, e enfatizou a sustentabilidade da agricultura de baixo carbono, apoio político e financeiro necessário aos produtores do setor.

O diretor executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Celírio Inácio,reforçou o compromisso da indústria com tecnologias sustentáveis, boas práticas sociais e padrões rígidos de qualidade.

Aguinaldo Lima, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), destacou a importância de toda a cadeia para garantir a qualidade e o potencial do Brasil em agricultura regenerativa e na construção de uma marca forte.

A diretora executiva da Organização Internacional do Café (OIC), Vanúsia Nogueira,relatou esforços para posicionar o café brasileiro na ONU e na COP30 e destacou a excelência produtiva, sistemas cooperativos para o setor da cafeicultura e aumento do consumo interno.

Já Andrea Illy, presidente da Illycaffè, destacou a agricultura regenerativa como um caminho eficiente e sustentável para a cafeicultura, que uniu a regeneração do solo, maior produtividade, custos reduzidos e qualidade superior do café.

Painéis – Depois da abertura, o primeiro painel “Tecnologia que transforma - Raízes que preservam” reuniu histórias que mostram como tradição e inovação caminham juntas na cafeicultura brasileira.

Carmen Lúcia Chaves Brito, diretora executiva nas fazendas Caxambu e Aracaçu e presidente da Brazilian Specialty Coffee Association (BSCA), falou de suas raízes no sul de Minas, onde cresceu na fazenda e mantém, há 17 anos, a gestão familiar.

Isabela Pessoa, cafeicultora e gerente de negócios da Cooperativa dos Produtores Rurais de Ibicoara e Chapada Diamantina (Coopric), na Bahia, destacou que a cooperativa trabalha para qualificar a gestão dos produtores, apoiar os jovens e fortalecer a sucessão rural.

Deigson Bento, produtor de robustas amazônicos, compartilhou a trajetória de sua família, marcada pela tradição no café desde seus avós. “Em 2011, após a escolha entre a vida urbana e a continuidade na propriedade, decidi seguir a missão familiar no campo”.

Ao final, Ademar Pereira, vice-presidente da Comissão Nacional do Café da CNA, explicou que a cafeicultura viveu uma virada de chave ao consolidar a sustentabilidade econômica e garantir a permanência de mais produtores no campo. Ele ressaltou o papel fundamental do Senar na capacitação e no apoio à atividade rural.

Confiança - O segundo painel da tarde, com o tema “Confiança do campo à xícara: evidências em sustentabilidade da cafeicultura brasileira”, reuniu especialistas para apresentar ações e resultados que comprovam o avanço do setor em sustentabilidade, rastreabilidade e adaptação às novas exigências internacionais.

Como painelista, Marcos Matos, da Cecafé, falou sobre as “Evidências e programas em clima, carbono e boas práticas”. Matos destacou a importância de comunicar o parque florestal preservado do Brasil e celebrar os indicadores que apontam eficiência de preços e transparência na cadeia produtiva”.

Vinícius Estrela, da BSCA, reforçou o compromisso dos cafés especiais com certificações, boas práticas e inventários de carbono. Ele lembrou que essas ações garantem rastreabilidade e fortalecem a marca nacional. “O café especial se fortalece ao seguir padrões internacionais e integrar a agenda ESG+T, ganhando destaque com a marca ‘Cafés do Brasil’”.

Silas Brasileiro apresentou o programa “Produtores de Água: recuperação de nascentes, manejo hídrico e ações com cooperativas”.

Celírio Inácio, da Abic, discutiu a “Certificação de sustentabilidade para o café torrado, pureza e comunicação ao consumidor” e reforçou a importância de valorizar o mercado nacional. Aguinaldo Lima, da Abics, tratar do tema “Qualidade e agenda de sustentabilidade no solúvel”.

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