Curso de Retroescavadeira leva conhecimentos sobre como se tornar um profissional
O curso foi realizado pelo SENAR na EPAMIG, em Itabira, em convênio com o Sindicato dos Produtores Rurais da cidade
José Geraldo Gomes, 44 anos, já tinha contato com máquinas pesadas antes de fazer o curso do SENAR Minas de Operador de Retroescavadeira. Porém, segundo ele, mal fazia ideia de algumas questões técnicas que, caso não observadas, poderiam colocar sua segurança em risco. “Eu descia errado da máquina, não fazia relação alguma da atividade com o meio ambiente”, diz o trabalhador rural.
O caso de José Geraldo não é o único. O uso da Retroescavadeira é muito amplo nas atividades rurais, por ser uma máquina cuja a função principal é a escavação ela pode ser utilizada na construção de trincheiras para produção de silagens, valas para instalação de adutoras e tubulações de irrigação, bem como poços para criação de peixes, barraginhas, bacias de contenção para a conservação de estradas rurais, além de auxiliar no carregamento de diversos insumos agrícolas.
Mas, segundo o instrutor do curso do SENAR Minas, Weder Rocha, não é possível se tornar um operador de máquinas de um dia para o outro e são vários os riscos para o condutor; por isso, é necessário obter conhecimentos teóricos e práticos através de cursos de capacitação e aperfeiçoamentos, além de acompanhamentos que surgirão a partir dos avanços tecnológicos e as exigências do mercado de trabalho. “Existe risco de queda, esmagamentos, amputações e até mesmo o óbito, mas através do uso correto do equipamento os perigos de acidentes podem ser minimizados ou eliminados”, alerta.
Por ser uma máquina versátil, o instrutor alerta que há uma proteção específica para cada risco, agrupados em cinco tipos como físico, químico, ergonômico, biológico e mecânico. Essa exposição é mensurada também numa escala pequena, média ou grande, dependendo da atividade, como o risco ergonômico, associado à postura inadequada do operador, ou risco químico onde o operador no momento da inspeção periódica do equipamento não esteja utilizado corretamente os EPIs (creme de proteção para as mãos, luvas, botas, etc). “Um operador de máquinas capacitado, além de operar com produtividade e qualidade, não ficará mais exposto a riscos que antes ele não percebia”, orienta Weder.
A partir de 2015, a Lei 13.097 determinou que trator de pneus e equipamentos destinados a trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em vias públicas por condutor habilitado também pela categoria B. Porém, a Retroescavadeira é considerada máquina de construção, portanto é necessário CNH de categoria C, D ou E, exceto nas dependências da propriedade rural, uma vez que não são reconhecidas no código como via pública, para escavação ou carregamentos.
O curso foi realizado pelo SENAR na EPAMIG, em Itabira, em convênio com o Sindicato dos Produtores Rurais da cidade. Para o engenheiro agrônomo da empresa de pesquisa, Cássio Silva Campidele, foram utilizados espaços como salas de aula, galpão e área externa (campo) para atividades práticas. “Parcerias como essas são muito importantes, pois além nos permitir fazer parte do processo de formação desses alunos, estamos contribuindo para o desenvolvimento e profissionalização das atividades agropecuárias do estado, com impacto direto na economia do país”.
Requisitos mínimos para se tornar um operador de Retroescavadeira:
- Ser maior de 18 anos;
- Possuir condições físicas e psíquicas para o exercício da atividade;
- Possuir Certificado de Capacitação Profissional para o exercício da profissão;
- Utilizar corretamente os EPIs (Equipamento de Proteção Individual);
- Adotar cuidados com a segurança pessoal e de terceiros;
- Adotar medidas de proteção com o meio ambiente;
- Se caso o operador for conduzir a Retroescavadeira numa via pública o mesmo deve possuir CNH de categoria C, D ou E;
- Ler o manual do operador antes de operar a Retroescavadeira;
- Realizar a manutenção e os reparos quando autorizado e possuir conhecimento.
Assessoria de Comunicação Sistema FAEMG