E-Tec 10 Anos: Entre o campo e a sala de aula
Carolina Castello Branco Barros orienta alunos dos cursos técnicos do Senar
Brasília (15/03/2025) – As duas paixões da médica veterinária Carolina Castello Branco Barros vieram dos exemplos que ela via em sua casa e do que vivenciou na infância. O pai era pecuarista. A mãe, professora.
Hoje, Carolina faz parte da equipe de profissionais que atuam na orientação de alunos dos cursos técnicos profissionalizantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A história dela faz parte de uma série de reportagens que irá mostrar exemplos de ex-alunos e de tutores que são parte da história dos 10 anos dos cursos técnicos do Senar, comemorados em 2025.
Saiba mais sobre os cursos técnicos do Senar, acesse: https://etec.senar.org.br/
Pecuária e aulas - Natural de Valença, no Rio de Janeiro, Carolina foi criada em uma casa que ficava na frente do curral da propriedade. Por isso, sempre que possível, ela estava presente nas atividades da pecuária de leite do pai.
A outra parte do tempo era dedicada à vocação para ensinar que herdou da mãe. Carolina reunia na propriedade rural os filhos dos funcionários de seu pai para dar aulas.
Foi assim, equilibrando essas duas paixões, que ela precisou ser firme em vários momentos de sua vida, inclusive com o próprio pai, quando ele sugeriu que ela fizesse medicina. “Falei que se não fosse veterinária, não ia estudar para nada. Sempre quis trabalhar no campo”.
Mais tarde, mesmo em momentos difíceis em sua vida, ela nunca desistiu dessas duas paixões. Em 2023, com a morte do pai, Carolina assumiu a propriedade para continuar o legado da família. Foi preciso dividir a rotina entre as atividades na fazenda e a docência.
“Sou apaixonada por cuidar do que o meu pai deixou. Me sinto bem porque adoro morar na fazenda, meu fim de semana é no curral. Tiro leite na minha casa, vendo para um laticínio de Volta Redonda, estou estruturando a propriedade toda, planto e até estou refazendo um canavial que tenho aqui”.
Primeiro contato - Essa determinação para ficar no campo a levou a conhecer o Senar em 2009 quando um produtor sugeriu que ela procurasse a instituição para participar do programa Balde Cheio, que na época auxiliava produtores de leite no Rio de Janeiro. “Participar do programa foi um divisor de águas na minha vida”, lembra.
Aquele primeiro contato com o Senar evoluiu. Além de instrutora dos cursos de Formação Profissional Rural (FPR), Carolina se tornou consultora na área de qualidade do leite e tutora dos alunos dos cursos técnicos na elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).
“Sempre fui apaixonada em dar aula e quando surgiu o curso técnico me prontifiquei porque amo fazer isso. É gratificante você ver como os alunos se desenvolvem”, diz.
Para ela, os cursos técnicos do Senar contribuem de forma incisiva para o desenvolvimento do campo brasileiro. “Faço muita propaganda dos cursos. Você tem um leque de informações incrível. Os alunos saem preparados para atuar na agricultura e na pecuária. Isso me deixa feliz e realizada”.
Recado - E é para os alunos que Carolina deixa um recado: “Busquem se aprofundar, se interessar no aperfeiçoamento profissional, para que possam atuar e melhorar cada vez mais o agro do nosso país.”
Quando produtores rurais, seus filhos, familiares e trabalhadores do campo reconhecem sua excelência e dedicação em ensinar, Carolina sabe que aquela trajetória que começou na infância rendeu frutos para a agropecuária brasileira.
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Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
