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Falta de energia elétrica pode afetar diretamente produtores rurais em Sergipe
Técnicos de campo e agentes do Senar lembram a importância do planejamento para evitar perdas e grandes prejuízos.
Nesta terça-feira (15), o apagão que atingiu todas as regiões do Brasil, levantou um alerta aos produtores rurais. Afinal, a falta de energia pode afetar diretamente a produção agropecuária. Os técnicos de campo e agentes do Senar lembram a importância do planejamento para evitar perdas e grandes prejuízos.
A falta de energia desta terça-feira (15), aconteceu por volta das 8h30 devido a uma ocorrência na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), conforme relatório do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), atingindo várias cidades de 25 estados e no Distrito Federal, abrangendo todas as cinco regiões do Brasil.
No campo, o problema pode afetar as cadeias produtivas de várias formas, impactando na produção de alimentos, alguns mais perecíveis e outros que dependentes de máquinas que operam sob energia elétrica.
Para o médico veterinário Rhávanne Emannuel, os impactos podem atingir desde a cadeia leiteira, com a impossibilidade de utilizar o maquinário necessário para a ordenha mecanizada, a higiene dos equipamentos, uso do motor forrageiro e o resfriamento adequado do leite, já que a alteração de temperatura pode estragar o leite, assim como as queijarias atrasam os procedimentos ou pode alterar a conservação dos produtos. Já na avicultura, a falta de controle de temperatura resulta em mortes de animais devido ao calor excessivo ou frio, impactando severamente a produção desde as fases iniciais.
Já na carcinicultura, o técnico de campo da Assistência Técnica e Gerencial do Senar Sergipe, Gustavo Alves, evidenciou as perdas recentes de produtores de camarão nos municípios de Pacatuba e Brejo Grande. Os viveiros de camarões necessitam de aeradores para manter níveis adequados de oxigênio na água, e a falta de energia, combinada com a ausência de manutenção, resultou na perda de quase 50% da produção, representando um prejuízo estimado de R$30.000,00, no mês de junho, devido a falta de energia naquele momento.
Na fruticultura, a energia é vital para o controle de liberação da água nas irrigações, o que pode comprometer o desenvolvimento de algumas culturas. A médica veterinária Pábola Nascimento lembra o quanto é importante o planejamento, um dos princípios da ATeG apresentado aos produtores assistidos.
Outro ponto que pode evitar as perdas para o produtor de leite é a comunicação entre laticínios e produtores para captar o leite de uma forma mais rápida para o tanque coletor.
Diante desse cenário, especialistas destacam a importância de medidas de prevenção, como o investimento em energia solar e a posse de geradores de energia para situações de emergência. O apagão desta terça-feira serviu como um lembrete de quão crucial é garantir um suprimento energético estável e confiável para sustentar as operações do agronegócio brasileiro.