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Produtores de mandioca em Viana se destacam após capacitação do Senar
Por: SENAR MA
Não resta dúvida de que a farinha de mandioca é um produto demasiadamente apreciado no Maranhão. E, com a produção da raiz em alta, em função do uso para a fabricação de alguns tipos de aguardente, já em grande escala de comercialização no estado e fora dele -, muitos produtores rurais têm procurado aumentar ainda mais a sua produção anual.
Alguns, focados nesse novo nicho de mercado (produção de aguardente) que tem criado novos estímulos para o trabalho dos pequenos produtores, e outros, para continuar no segmento da produção de farinha com qualidade, com vistas a agregar valor para conquistar o mercado estadual e até interestadual, como é o caso do grupo que hoje gerencia a Farinha Santa Eulália, em Viana.
As dez famílias da comunidade, trabalham em outras frentes de oferta de produtos e serviços. Alguns são vendedores, outros comerciantes, porém, foi na farinha que encontraram melhor forma de investir a força de trabalho disponível e o talento criativo.
Com alguns anos nesse trabalho artesanal, os amigos apostaram na capacitação do Senar, com a perspectiva de melhorar a qualidade do produto, e com isso, atrair um público cada vez maior e mais exigente, dentro e fora do município.
Mercado
Antes de receberem o conhecimento propiciado pelo Senar, os produtores vendiam uma quantidade mínima da produção de farinha, e a grande parte ia para o consumo próprio. Agora não. Com a qualidade superior da farinha produzida as vendas no mercado se fortaleceram, e a Farinha Santa Eulália foi além-fronteiras e chegou a São Paulo (SP) e Brasília (DF). Além de atingir outros estados e municípios vizinhos, a qualidade do produto vem superando as vendas de outras casas do ramo.
O produtor Hezir Maciel, disse que a equipe chega a produzir por semana cerca de quatrocentos quilos. E, isso fez surgir, recentemente, a necessidade de comprar a raiz de mandioca de outras comunidades, uma vez que a demanda pela Farinha Santa Eulália superou as expectativas, e a colheita da mandioca da comunidade passou a ser insuficiente.
Ele explica que a venda ocorre de forma direta e que em breve estarão aumentando as instalações da pequena agroindústria e que novos maquinários estão sendo adquiridos e instalados, para em pouco espaço de tempo se obter transformações significativas no perfil produtivo da comunidade.
O grupo pretende, em um futuro próximo implantar a alternativa de mecanização para automação da pequena agroindústria, buscando assim, gerar com maior rapidez, a produção de farinha de qualidade, que tem se tornado uma forte vitrine do Senar na região.
Maciel garante que com as tecnologias aplicadas pelo Senar, tem sido possível agregar mais valor ao produto, e o preço que antes era determinado pelo mercado, agora é uma iniciativa deles.
Mandioca
“Fizemos o curso no ano passado (2018), e melhoramos o manejo, a higienização e a consequente qualidade do nosso produto. Atualmente somos referência quando o assunto é produção de farinha de mandioca aqui na Baixada Maranhense”, disse ele orgulhoso, lembrando que além do curso de Transformação da Mandioca, a equipe participou do programa Negócio Certo Rural (NCR), Cultivo de Hortaliças, Produção de Doces e Salgados e Piscicultura.
Hezir destaca que o Senar faz parte do nosso projeto. Segundo ele, o Senar é o grande responsável por essa transformação ao levar tecnologia à comunidade. “A equipe do Senar nos motiva, nos dá força. É um órgão difusor de tecnologia, e faz isso muito bem”, ressaltou Hezir, enquanto recebia a visita do superintendente do Senar, Luiz Figueiredo e do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais e Viana, Edvaldo Amorim.
"Ao trazermos as capacitações do Senar para a comunidade de Santa Eulália, imaginamos que apenas estaríamos contribuindo para melhorar um pouco mais a vida desses produtores. No entanto, as transformações ocorridas, nos orgulham pelo destaque alcançado no padrão de renda da comunidade”, disse Edvaldo Amorim.
O superintendente do Senar, Luiz Figueirêdo ressaltou o interesse e o entusiasmo dos homens que estão à frente do projeto: "Adotamos Santa Eulália pelo interesse dos seus produtores. A comunidade cresceu e melhorou o seu padrão de renda, tornando-se um dos destaques da Baixada. Isso aumenta o nosso trabalho e responsabilidade, mas, também, nos gratifica muito", exaltou o gestor da instituição no Estado.