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Produtores rurais de Armazém têm palestra sobre tristeza parasitária em bovinos leiteiros
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Ação foi promovida pelo SENAR Santa Catarina em parceria com a Secretaria da Agricultura e Sindicato Rural de Armazém, UNISUL e UFPel

15 de agosto 2017
Por Senar

Conhecida como amarelão, a tristeza parasitária bovina acarreta grandes prejuízos a bovinocultura leiteira. Entre as principais perdas produtivas e reprodutivas estão a diminuição da produção de leite, aborto, repetição de cio, atraso do desenvolvimento e mortes de animais. Com o objetivo de esclarecer dúvidas sobre a moléstia aos produtores rurais atendidos pela Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em Armazém, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR/SC) promoveu palestra sobre a temática.

A atividade foi conduzida pelo doutor e professor Sérgio Silva da Silva da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e o doutor e professor Vinícios Tabeleão da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL) e reuniu cerca de 50 pessoas entre produtores e técnicos. A reunião contou com o apoio da Secretaria da Agricultura e Sindicato Rural de Armazém, UNISUL e UFPel.

Sérgio explicou que entre os principais sintomas estão a perda de apetite, redução de peso, febre, anemia, seca de lactação. “Mas os produtores devem estar atentos, alguns animais demonstram sintomas que podem ser atribuídos a outras doenças comprometendo a eficiência do tratamento do animal. A tristeza parasitária age rapidamente, portanto assim que observados sinais o produtor deve contatar um médico veterinário imediatamente”, orientou.

O doutor ressaltou os cuidados que devem ser tomados com o uso intensivo de alguns medicamentos para o controle da tristeza parasitária em bovinos. “Isso favorece a resistência de carrapatos e acaba por não eliminar problemas já existentes tornando-se altamente tóxicos e prejudiciais ao meio ambiente e à saúde dos humanos”.

A supervisora do SENAR/SC na região sul, Sueli Silveira Rosa, explicou que durante a palestra foi apresentada uma nova tecnologia que está sendo desenvolvida e inserida no mercado para a prevenção da doença por meio de vacinação. “Também foram explanadas questões como importância econômica da tristeza parasitária bovina, características da doença, relação do carrapato, diagnóstico, tratamento e ações de cooperações institucionais regionais”, complementou.

O coordenador estadual de ATeG, Olices Osmar Santini, salientou que iniciativas simples como essa refletem diretamente nos resultados da ATeG, pois há um declínio no custo com sanidade curativa e preventiva, bem como em perdas de animais. “Também ocorre um incremento na receita das propriedades através da melhoria dos indicadores produtivos e reprodutivos gerando bons resultados para as empresas rurais, o que vem de encontro com os objetivos da ATeG”.

A médica veterinária e técnica de campo da ATeG em Armazém, Thalyta Marcílio, explicou que apesar da tristeza parasitária bovina ser muito conhecida entre os produtores de bovinos de corte e leite os prejuízos causados pela doença são muito expressivos. “Encontros como esse são essenciais para atualizar os produtores sobre novas tecnologias, estreitar relações com as instituições de ensino, dissipando rapidamente o conhecimento científico para o campo, além do desenvolvimento de estratégias mais eficientes no combate dessa doença”.

Segundo Thalyta, a UNISUL, através do doutor Vinicius, se colocou à disposição para dar suporte aos diagnósticos e identificar, por meio de ensaios laboratoriais, possíveis resistências dos carrapatos aos princípios ativos disponíveis para o seu controle.

Assessoria de Comunicação do SENAR-SC
www.senar.com.br