Paraná
Programação estreia no Agrinho, despertando o interesse pela tecnologia
Na edição 2022, novo concurso do Programa Agrinho fez com que o pensamento dos alunos da rede estadual fosse na busca por alternativas sustentáveis
Uma das grandes novidades na edição 2022 do Programa Agrinho foi a inclusão do concurso Programação, ao lado de categorias tradicionais como Desenho, Redação, Experiências Pedagógicas, entre outras. A proposta era estimular os estudantes do Paraná a aprofundarem seus conhecimentos na área tecnológica, cada vez mais demandada pelo mercado de trabalho e fundamental na formação dos profissionais do futuro.
No concurso Programação, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Seed), os participantes eram da rede estadual de ensino, onde algumas ferramentas tecnológicas já fazem parte da rotina de parte dos alunos. Para efeito de avaliação, o concurso foi dividido em duas subcategorias, respeitando as habilidades de cada etapa do ensino. Para os alunos do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano) foi destinada a divisão “Programação e Tecnologia Computacional e Programa Edutech”, enquanto os estudantes do Ensino Médio estiveram envolvidos com o “Pensamento Computacional”.
A diferença entre as duas categorias foram as ferramentas computacionais utilizadas. No caso dos jovens do Ensino Fundamental, a linguagem de programação foi o Scratch. Já no caso dos estudantes do Ensino Médio, foram utilizadas as linguagens HTML, CSS e Javascript. O tema dos trabalhos, em ambas as categorias, era livre.
Ao todo, 205 trabalhos concorreram no Concurso Agrinho 2022, sendo 63 do Ensino Fundamental e 124 do Ensino Médio. Apesar da liberdade temática, a maioria dos projetos avaliados pela banca tinha finalidade social, principalmente envolvidos com a temática ligada ao meio ambiente e outros voltados à prática agropecuária.
“No geral, tivemos trabalhos interessantes, que buscaram soluções alinhadas com a sustentabilidade por meio de ferramentas tecnológicas. Apesar de estreante, a categoria Programação mostrou que os estudantes paranaenses estão preparando para enfrentar o mercado de trabalho”, destacou Angélica Chybior, técnica do Departamento de Tecnologia da Informação (Deti) do Sistema FAEP/SENAR-PR e que participou da banca de avaliação dos projetos.
O estudante Antônio Marcos Ambrósio, do município de Mato Rico, na região Centro-Sul do Paraná, foi um dos premiados na competição. Ele ficou em primeiro lugar no Núcleo Regional de Educação, com o projeto “Natureza em Risco”, que trabalha a conservação do meio ambiente utilizando um jogo eletrônico. Segundo o estudante da Escola Adélia Bianco Seguro, a ideia do jogo é “fazer uma cidade melhor”, por meio da conservação dos recursos naturais e destinação correta dos resíduos. Com a premiação logo na primeira competição que participou, Ambrósio já vislumbra a futura carreira: pretende prestar vestibular na área de programação e tecnologia.
Para Jovani Kordun, professor do aluno premiado, a nova modalidade do Concurso Agrinho, voltada à tecnologia, tem empolgado bastante os alunos. “Eles ficaram muito animados. Infelizmente, eles não têm muito acesso à tecnologia no município, mas, aos poucos, com incentivos como do Agrinho, vamos mudar essa realidade”, afirma.