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Santa Catarina espera safra recorde de soja
Por: SECRETARIA DO ESTADO DA AGRICULTURA E DA PESCA
A soja ganha cada vez mais espaço nas lavouras catarinenses e o estado já espera mais uma safra recorde. Santa Catarina deve colher 2,52 milhões de toneladas do grão, 5% a mais do que na safra 2016/17. O crescimento é explicado pelo aumento de 8% na área plantada, ocupando as áreas antes destinadas ao plantio de milho, pastagens, feijão e fruticultura.
A área plantada no estado já é de 708 mil hectares e a produtividade esperada é de 3,5 toneladas/hectare. Segundo as estimativas do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa), a região de Xanxerê terá a maior produção do estado, com 522 mil toneladas colhidas – um crescimento de 6% em relação a ultima safra.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, acredita que o crescimento da produção de soja em Santa Catarina pode ser explicado pela rentabilidade na produção do grão. “Os agricultores fazem suas contas e optam pelo que é mais rentável. Em Santa Catarina a produção de soja está diretamente ligada à cadeia produtiva de carnes. Não existe produção de suínos e aves sem produção de milho e soja”.
Em Santa Catarina, três regiões concentram 56% da área plantada: Canoinhas, Curitibanos (que inclui Campos Novos, maior produtor do estado) e Xanxerê.
Exportações
A soja se tornou ainda um importante produto na pauta de exportações do estado. De janeiro a novembro de 2017, foram 1,8 milhão de toneladas do grão – 17,9% a mais do que em 2016.
Em cinco anos, as exportações catarinenses do complexo soja aumentaram 116%. Passando de 874,3 mil toneladas em 2012 para 1,8 milhão de toneladas no último ano e faturando US$ 745,7 milhões. Os principais destinos das exportações são China, Rússia, Coreia do Sul e Tailândia.
Panorama regional
Região Oeste
Os municípios da regiões de Chapecó, Xanxerê e São Miguel do Oeste registram em torno de 5% da área colhida, em que foram utilizadas variedades precoces. As demais áreas se encontram em fase de enchimento de grãos e maturação. Após 15 de fevereiro os trabalhos de colheita se intensificam nesta região, devendo avançar rapidamente se as condições climáticas continuarem com poucas chuvas, conforme comportamento no início de fevereiro.
Campos Novos, Curitibanos e Caçador
A produtividade está sendo estimada como normal, sendo que o período de estiagem no início de dezembro não deverá afetar de maneira significativa as lavouras.
A maior parte das lavouras se encontra com bom desenvolvimento até o período. O retorno das chuvas mais regulares desde meados de dezembro apontam para um boa produtividade.
Campos de Lages
Relato de chuvas insuficientes na segunda quinzena de janeiro na região, que poderão comprometer a produtividade estimada. O comportamento do regime de chuvas na região em fevereiro será decisivo para a consolidação do rendimento. Em torno de 80% das lavouras se encontram na fase inicial de enchimento de grãos no momento.
Região Norte (Canoinhas, Mafra)
A maior parte das lavouras se encontra em fase de enchimento de grãos (80%). Em roteiro realizado na Região Norte no final de janeiro, os técnicos do Epagri/Cepa esperam uma safra cheia. Relatos de bom desenvolvimento das lavouras, uma vez que após 20 de dezembro as chuvas se normalizaram na região. Em janeiro, chuvas mais intensas acarretaram incidência de “mofo branco” em algumas lavouras, mas com controle. A regularização climática aponta para safra normal, podendo repetir índices de produtividade da safra anterior. Porém, o regime de chuvas nos próximos 15 dias será determinante para confirmação deste prognóstico.