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Senar participa de debate sobre saúde masculina
Live homenageou o Dia do Homem, comemorado em 15 de julho
Brasília (16/07/2020) – O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) participou, na noite de quarta (15), de um debate virtual sobre a saúde masculina, em comemoração ao Dia do Homem, celebrado em 15 de julho. O encontro, promovido pelo Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), discutiu os principais problemas que afetam os brasileiros.
A transmissão ao vivo contou com a participação da coordenadora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar, Deimiluce Fontes Coaracy, da presidente do LAL, Marlene Oliveira, do cardiologista Fernando Costa e do urologista Vinícius Panico.
A ação faz parte da Campanha Novembro Azul, iniciativa que surgiu para conscientizar os brasileiros sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata e que atualmente trabalha com a saúde integral do homem desde a infância até a terceira idade.
Segundo dados da pesquisa “Um Novo Olhar para a Saúde do Homem”, realizada pelo LAL e pelo Grupo Abril, em 2019, aproximadamente 40% dos homens na faixa etária até 39 anos e 20% deles com mais de 40 anos só vão ao médico quando se sentem mal. O levantamento apontou também que 59% não costumam frequentar o urologista, apesar de 37% acreditarem que esse especialista é o médico do homem.
“Boa parte deles não vai ao médico nem para fazer exames e não sabe como está o seu coração e a sua parte geniturinária. Precisamos mudar esse cenário e tenho certeza que levar informação sempre será o melhor caminho”, disse Marlene Oliveira.
No campo, a coordenadora de Educação Profissional e Promoção Social do Senar destacou que o principal desafio ainda é a falta de políticas públicas e de serviços de saúde. Para atender a população rural, a entidade criou o programa Saúde do Homem, iniciativa focada na prevenção de doenças como câncer de próstata e de pênis por meio da distribuição de material educativo, palestras e realização de exames (PSA e de toque).
“É comum, nesses eventos, 90% dos homens estarem indo pela primeira vez a um urologista porque nunca tiveram a oportunidade. Precisamos desmistificar esse universo masculino que coloca o homem como um pilar intocável e oferecer acesso. O Senar faz essa ponte através da educação”, afirmou Deimiluce.
Doenças - O cardiologista Fernando Costa destaca que as doenças cardiovasculares ainda são a principal causa de morte entre os homens. Conforme ele, a falta de controle dos fatores de risco - como pressão arterial elevada, diabetes e obesidade -, associada a problemas como estresse, poluição e inatividade física aumentam os casos de infartos e derrames.
“Esses fatores são subcontrolados e os homens não têm adesão. Começam a fazer o tratamento e depois não seguem. Além disso, não procuram o médico e demoram para fazer o diagnóstico. Não existe cura para doenças crônicas, mas existem controle e formas de minimizar os efeitos. Os homens têm a negação da doença e negar é a pior situação que existe”, declarou.
Na opinião do urologista Vinícius Panico, apesar da questão cultural masculina de não procurar o urologista, o cenário vem melhorando com as ações de promoção e prevenção. Ele aponta que os cânceres de próstata e de pênis, assim como disfunção erétil, ejaculação precoce e andropausa (queda na produção de hormônios) são os problemas mais comuns nos homens.
“O homem nasceu para ser viril e tarda no diagnóstico e tratamento porque, muitas vezes, tem vergonha de expor um problema. É preciso respeitar o seu corpo nas diferentes fases e procurar um médico para ter orientação da melhor forma e prevenir as doenças”, alertou.
Assessoria de Comunicação CNA