CNA debate agenda prioritária para o setor de cana em 2025
Comissão Nacional de Cana-de-açúcar se reuniu na terça (1), em Brasília
Brasília (01/04/2025) – A conjuntura econômica do Brasil e as pautas prioritárias para o setor de cana em 2025 foram discutidas durante reunião da Comissão Nacional de Cana-de-açúcar da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizada na terça (1), na sede da entidade, em Brasília.
Durante a reunião, que foi conduzida pela coordenadora de Produção Agrícola da CNA, Ana Lígia Lenat, e pela assessora técnica da confederação, Eduarda Lee, foram apresentados os principais pontos da Agenda Legislativa do Agro – CNA 2025. Os oito eixos do documento foram resumidos em três grandes temas, sendo eles: meio ambiente, direito de propriedade e competitividade e redução de custos.
A chefe da Assessoria de Relações Institucionais da CNA, Mírian Vaz, citou as recentes aprovações legislativas que aguardam regulamentação e que impactam o setor sucroenergético: CBios (Créditos de Descarbonização), Programa de Aceleração da Transição Energética (Paten), Combustível do Futuro, Programa Mover (Mobilidade Verde e Inovação) e o Marco do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono.
Entre as pautas prioritárias para o setor em 2025 estão o PL 715/2023, que trata do contrato do trabalhador safrista; o PL 2149/2024, sobre a Política Nacional do Etanol e o PL 489/2025, que altera um decreto sobre exposição calor ao céu aberto. Outras tratativas estão relacionadas à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio) e Lei de Proteção de Cultivares.
Segundo Mírian, neste ano a entidade vai atuar de forma mais uniformizada e estruturada dentro das comissões nacionais para definir um plano estratégico de ações. “É importante que o setor esteja em convergência com as políticas setoriais”.
Em seguida, a chefe adjunta da ARI, Carolina Rebelo, mostrou as possíveis ações que o setor poder explorar no poder Legislativo. Ela pontuou os requerimentos de informação (fiscalização normativa) e de audiência pública (debater projetos), projetos de lei, de emenda à constituição e de decreto legislativo.
A pauta do encontro também contou com uma apresentação da assessora técnica do Núcleo Econômico da CNA, Isabel Mendes, sobre a conjuntura econômica do país. Isabel abordou o Produto Interno Bruto (PIB) e o impacto da agropecuária no resultado, o mercado de trabalho, inflação, política monetária e política fiscal (contas do governo).
De acordo com a assessora, a agropecuária vai puxar o crescimento do PIB brasileiro em 2025, mas os demais setores da economia devem ter pior desempenho, com isso, o crescimento do PIB brasileiro deve ser menor. O mercado de trabalho perderá parte do dinamismo, mas ainda permanecerá aquecido, e as taxas de juros seguirão em elevação e o ciclo de redução de juros somente deve se iniciar em 2026.
Isabel também destacou o impacto das altas taxas de juros no Plano Safra 2025/2026, que terá um custo maior. Ela ressaltou também que no último Plano Safra as operações de crédito foram interrompidas por falta de recursos suficientes para equalização de juros.
