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CNA discute análise de risco de importação de tilápia
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Comissão Nacional de Aquicultura fará contribuições à consulta pública do Ministério da Agricultura que trata do tema
Brasília (10/02/2025) – A Comissão Nacional de Aquicultura da CNA discutiu, na sexta (7), as sugestões do setor para a consulta pública do Ministério da Agricultura que trata da Análise de Risco de Importação de produtos derivados de tilápia destinados ao consumo humano.
“Faremos tudo para mitigar as consequências que a introdução de uma nova doença pode trazer para os produtores e colocar em risco a saúde dos animais”, afirmou o presidente da comissão, Francisco Farina.
A Portaria n.º 1213 do Mapa, publicada em dezembro de 2024, estipulou o prazo de 60 dias para apresentação de sugestões ao texto da Análise de Risco. Nesta sexta, o ministério prorrogou o prazo por mais 60 dias.
A Análise de Risco de Importação foi elaborada pela Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e avalia os riscos de introdução e disseminação do vírus Tilapia Lake Virus (Tilv). A doença provoca altas taxas de mortalidade em espécies de tilápias e seus híbridos, além da literatura trazer atualizações sobre a ocorrência em outras espécies.
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O coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, destacou que é importante responder à consulta pública subsidiando tecnicamente o Ministério para evitar prejuízos à cadeia produtiva.
O consultor da comissão, Eduardo Ono, apresentou aos membros os impactos econômicos diretos e indiretos para o Brasil em caso de introdução da Tilv.
Segundo Ono, “até que o Brasil esteja pronto para conter essa doença, é importante serem cautelosos com a importação, principalmente de animais vivos, que caracteriza o maior risco”
Ele citou ainda algumas sugestões do que pode ser feito para conter a entrada e disseminação da doença em território brasileiro, como a elaboração de um plano de vigilância e monitoramento de doenças de notificação obrigatória e exóticas e um plano de contingência em caso de entrada da doença no país.
De acordo com o consultor, outras iniciativas precisam ser promovidas como a criação de um manual de necropsia, coleta, armazenamento e envio de amostras laboratoriais, protocolos de importação para outras espécies susceptíveis ao vírus da Tilv, além da capacitação do Serviço Veterinário Oficial para resposta às emergências zoossanitárias de importância para animais aquáticos.
O presidente Farina reafirmou que a comissão está trabalhando em conjunto com as federações de agricultura e pecuária, para evitar prejuízos à cadeia antes que aconteçam.