CNA discute iniciativas para melhoria do setor de infraestrutura e logística
Comissão Nacional se reuniu na quinta (23)
Brasília (24/11/2023) – A Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da CNA se reuniu, na quinta (23), para discutir o corredor rodoviário bioceânico, o Porto Central, a Estrada Férrea (EF-352) e as obras do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
A vice-presidente da comissão, Luana Belusso, conduziu a reunião, que contou com apresentações da Empresa Pública Infra S/A, Macro Investimentos e da Contas Abertas.
O superintendente de Projetos Especiais e Aeroportuários da Infra S/A, Cícero Filho, e a coordenadora da área, Elaine Radel, apresentaram os benefícios do uso do corredor bioceânico, que liga Mato Grosso do Sul aos portos do Chile. Entre eles, destacaram a redução do tempo de viagem e, consequentemente, de custos de transportes, além da previsão de promoção de desenvolvimento regional dos países envolvidos e da maior integração do Cone Sul (região geográfica que engloba a parte sul do continente Sul-Americano).
“O corredor rodoviário bioceânico não é apenas uma rodovia, mas uma conexão que permite o desenvolvimento e a facilitação do comércio, unindo o Brasil aos países por onde passa, criando laços que transcendem fronteiras e impulsionam o progresso compartilhado”, afirmou Filho.
A assessora técnica da comissão, Elisangela Pereira Lopes, solicitou à Infra S/A que considere, na revisão dos estudos dos corredores bioceânicos, a realização de simulações com a movimentação de produtos agropecuários, especialmente o transporte de grãos. "Gostaríamos que incluíssem a análise das commodities nesses estudos. Por serem produtos de menor valor agregado, escoados em corredor predominantemente rodoviário, é necessário verificar a viabilidade, o que inclui, avaliar o frete”.
A Macro Investimentos falou sobre o Porto Central e a EF-352, localizados na região sul do estado do Espírito Santo. Segundo o CEO da empresa, Fabrício Cardoso, a infraestrutura do país precisa ser pensada a longo prazo.
“Planejamos o Porto Central para os próximos 100 anos, com calados operacionais de 25 metros, três bacias de evolução e dois mil hectares de retroárea para escoar nossas commodities agrícolas e minerais, bem como ser um hub estratégico nas movimentações de containers, operando navios com capacidade para 24 mil TEU (unidade de medida de contêineres).”
Cardoso falou ainda que a EF-352 foi planejada da mesma forma, ou seja, para ter vida útil longa. “São 1.800 km de ferrovias com bitola larga, que se interliga à malha ferroviária brasileira e entregará uma enorme capacidade portuária para as cargas de minério de ferro, fertilizantes, celulose, grãos, contêineres e cargas gerais.”
Sobre as ações do novo PAC na área de infraestrutura e logística, o presidente do Contas Abertas, Gil Castello Branco, fez uma análise do Projeto de Lei do Orçamento (PLOA) da União para 2024. Segundo ele, no setor de transportes, o PLOA 2024 possui investimentos 4,5% inferiores em relação ao montante autorizado no Orçamento de 2023.
“A redução dos investimentos em relação aos valores autorizados em 2023 ocorre, sobretudo, na modalidade rodoviária, especificamente nos recursos destinados ao DNIT.
A expectativa é de que as emendas parlamentares a serem aprovadas em favor do Ministério dos Transportes sejam, em conjunto de, no mínimo, R$ 1,5 bilhão para que o orçamento de 2024 não seja inferior ao do ano em curso.”
De acordo com Castello Branco, o PAC relativo aos transportes tem previsão de recursos de R$ 349,1 bilhões, sendo R$ 220,9 bilhões até 2026 e R$ 128,2 bilhões após 2026.
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