Comitiva do Estradeiro percorre últimos trechos em Mato Grosso
Participantes revelaram suas impressões nos trajetos percorridos desde sábado, antes do retorno a Cuiabá (MT)
Brasília (14/06/2022 ) – A comitiva que participa do Estradeiro BR 174/364, que avalia as condições de escoamento da produção agropecuária em Mato Grosso e Rondônia, percorreu nos últimos dias os municípios mato-grossenses de Juína, Colniza, Aripuanã e Brasnorte. Nessas regiões, boa parte do que é produzido é destinada ao sistema portuário de Porto Velho (RO).
Os trajetos percorridos marcam o final do percurso e o grupo voltou nesta terça para Cuiabá (MT), onde começou a viagem, do Estradeiro, promovido pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), em parceria com o Movimento Pró-Logística.
A assessora técnica da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Elisangela Pereira Lopes, participou da edição deste ano e, juntamente com o grupo, acompanhou in loco a estrutura de transporte da produção e relatou as condições nestas localidades.
Segundo ela, para chegar a Porto Velho partindo dos municípios do Noroeste de Mato Grosso, são utilizadas as estradas que cortam as cidades de Comodoro e Sapezal. “Isso significa um aumento de 300 quilômetros em relação a rota Juína-Vilhena. Atualmente, o Estudo de Viabilidade Econômica e Ambiental está concluído e estão providenciando os licenciamentos necessários para iniciar a pavimentação”, revelou.
Veja o relato da representante da CNA em relação aos trechos dos últimos dias
Vilhena (RO) a Juína (MT)
A viagem saindo de Vilhena (RO), no último sábado (11), ocorreu nos primeiros 28 quilômetros, em estrada pavimentada, de pista simples, em boas condições e manutenção, porém com a necessidade de adequação do acostamento. Até a divisa RO/MT, a estrada é de terra (40 quilômetros), onde a maior parte encontra-se adequada.
A partir da divisa, são 171 quilômetros estrada sem asfalto, com 10 pontes de madeira. Há contrato estabelecido entre o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a empresa VF Gomes para manutenção, conservação e recuperação da via até novembro de 2022. Segundo Elisangela, durante o trajeto, havia máquinas realizando a melhoria nos pontos críticos.
Movimento de caminhões na BR 174 em MT
A assessora da CNA e a comitiva também presenciaram a cobrança de pedágio por índios na região: R$ 70,00 para caminhões e R$ 50,00 para carros de passeio.
“Pequenos trechos dependem de abertura da largura da via, além de aterro com cascalho e declividade que permitam escoar água da chuva. As principais patologias compreendem pontos de afloramento de areia, voçoroca, ausência de sinalização vertical e buracos”, afirmou.
Juína (MT) – Conilza (MT) – Aripuanã (MT)
De acordo com relato dos participantes, são 40 quilômetros iniciais de asfalto, em pista simples, em condições regulares e com necessidade de reforço nas sinalizações vertical e horizontal. Alguns trechos estão demarcados por estacas para substituição do pavimento.
Após Castanheira, também em Mato Grosso (MT), seguindo para Colniza, a estrada foi estadualizada (MT-174). A estrada não é pavimentada, mas o processo de licitação já ocorreu quando a estrada era federal. Caberá ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) avaliar a possibilidade de migração da licitação em conformidade com os requisitos da rodovia estadual, que difere no tipo de pavimentação, baseada no fluxo de veículos.
Os estudos e licenciamentos encontram-se realizados e a pavimentação dos 271 quilômetros deverão iniciar em 2023. Serão 6 lotes de obras, realizados por empresas distintas e com previsão de conclusão em 36 meses. “Por enquanto, a estrada apresenta trechos críticos, com afloramento de rochas”, disse Elisangela.
Na MT-208, que vai de Aripuanã (MT) até a BR-174, a estrada está em processo de pavimentação e terraplanagem, com conclusão prevista para este ano, em ritmo acelerado.
Terraplanagem em trecho da MT-208
No caminho de Aripuanã (Trevo da MT-208) até o perímetro urbano do município de Juína, de 200 km, via Cidade Morena e Filadélfia, encontra-se o armazém implantado pela Cooperativa Agropecuária Morena (Coopamor), com 2 silos com capacidade para guardar 51 sacas de grãos cada. A estrada necessita de adequação na largura, com a limpeza da vegetação no local, construção de bueiros, substituição de pontes e terraplanagem.
Silos da Coopamor
“Percorrer as estradas de terra reforça a necessidade de programa de manutenção dessas vias, de maneira a garantir a circulação de pessoas e produtos, inclusive insumos entre a cidade e o campo”, explicou a representante da CNA.
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