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Curso de Reciclagem de PET dá novas perspectivas a pacientes em tratamento contra as drogas
O curso trabalha a conscientização ambiental dos participantes, com o reuso, os cuidados com o meio ambiente e a destinação correta do resíduo
Mais uma vez a Clínica de Recuperação Santa Edwiges, em Sacramento, recebeu um curso do SENAR Minas, com organização do Sindicato Rural. A capacitação em Materiais Reciclados – PET foi solicitada para ajudar no tratamento dos recuperando em álcool e drogas.
“Os trabalhos artesanais fazem parte do tratamento psicológico proposto na clínica e como o SENAR tem vasta opção nesta área, a parceria tem auxiliado os participantes”, explica Maria de Lourdes Borges, mobilizadora do Sindicato.
O responsável por ensinar os nove participantes, o artesão Rhaavi Dionísio, explicou que é o curso é apenas a ponta do que se é possível produzir com a PET. “Ensinamos a fazer o filetador, que faz as tiras da garrafa, depois vem a fabricação das vassouras e o aproveitamento de todas as partes da garrafa, como o fundo, a boca, o gargalo e a tampa, e depois deste princípio é possível fazer muito mais. A vassoura tem ótima aceitação no mercado e o retorno financeiro é certo”, comentou o instrutor.
Rhaavi ainda explicou que uma vassoura do material tem ótima durabilidade e os produtores rurais têm uma diversidade de utilização na propriedade, desde a limpeza das instalações até a utilização nos terreiros de café. Além destes benefícios, o mais importante está relacionado às questões ambientais.
“A proposta do curso trabalha a conscientização ambiental dos participantes, com o reuso, os cuidados com o meio ambiente e a destinação correta do resíduo. Na finalização dos cursos percebemos o quanto os participantes estão mais conscientes e mais uma vez estamos junto com o SENAR proporcionando benefícios e cuidados com o campo e este é um trabalho muito positivo”, avalia Rhaavi.
Ao proteger o meio-ambiente e ainda ter uma renda, a proposta da reciclagem com PET chama atenção dos residentes da Clínica de Recuperação. Em mais uma recaída, Anderson Guimarães, de 50 anos, tenta elevar a fé, reviver valores, reorganizar sentimentos e pensamentos, e descobrir o que o leva a usar drogas.
“O usuário tem que ter consciência de suas limitações, que é um doente crônico que precisa tratamento constante, pois a instituição sozinha não cura ninguém. Se o reabilitando não participar do que é proposto e querer sair do vício, provavelmente retornará para a clínica. Este curso me abriu um leque de oportunidades, já que eu não fazia ideia dos que podíamos fazer com a PET, ajudando o meio ambiente e ainda tendo retorno financeiro. Além de todos os ensinamentos, aprendemos a conviver com os outros residentes. 100% de aproveitamento”, diz o aluno.
Mais que abrir um leque de oportunidades, alguns pensam em replicar e serem multiplicadores de boas ideias. Este é o caso de Bruno da Costa, de 35 anos. O recuperando espera voltar a trabalhar assim que terminar o tratamento. “Sempre acreditei que quem sabe mais, sofre menos, e tudo que aprendemos é válido. Este curso que o SENAR Minas proporciona é muito lindo, principalmente, porque a entidade não distingue as pessoas, todos somos iguais. Para o futuro, penso em repassar as informações que aprendi e ser um multiplicador das ideias do SENAR”.
Assessoria de Comunicação do SENAR Minas
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