Custos de produção de grãos, suínos e cana-de-açúcar são levantados pelo Campo Futuro
Painéis foram realizados com Minas Gerais e no Paraná
Brasília (08/07/2021) – O Projeto Campo Futuro levantou os custos de produção de grãos, suinocultura e cana-de-açúcar nesta semana. Os painéis aconteceram nos municípios de Campo Florido (MG), Pará de Minas (MG) e Jacarezinho (PR), respectivamente.
Os levantamentos foram feitos pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Labor Rural (Universidade Federal de Viçosa - UFV) e Pecege (Esalq/USP).
A iniciativa analisa as informações obtidas a partir da realidade produtiva apresentada pelos produtores. Participam dos encontros virtuais (medida de segurança para evitar o contágio do coronavírus) representantes das federações estaduais de agricultura e pecuária, sindicatos rurais dos municípios e produtores rurais. Os dados obtidos são preliminares.
Grãos – O levantamento foi realizado para medir os custos de produção de soja (RR e Intacta), milho 2ª safra e sorgo. O Custo Operacional Efetivo (COE) da soja Intacta subiu 33% na região em relação ao ano passado. As produtividades levantadas foram de 60 sacas por hectare, considerado um bom desempenho para a cultura, conseguindo pagar o custo total da atividade.
Com relação ao sorgo, as produtividades foram menores devido à falta de chuvas e ao impacto da geada, fechando na média de 35 sacas/ha. Apesar do aumento dos preços, a baixa produtividade do campo não foi suficiente para pagar o COE da cultura de 2ª safra.
Conforme o assessor técnico da CNA, Fábio Carneiro, o milho 2ª safra também foi atingido pela falta das chuvas, mas o levantamento apontou que o cereal foi a melhor cultura de 2ª safra, conseguindo pagar o custo total da atividade. O manejo da cigarrinha do milho tem sido acompanhado de perto pelos produtores para evitar perdas no campo.
Suinocultura – O painel indicou uma avaliação positiva por parte dos suinocultores independentes da região em relação ao preço pago pelo quilo do suíno vivo: em torno de R$ 7,50. Fator que, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), tem favorecido o crescimento do plantel mineiro de suínos. Só no ano passado, o aumento foi de 8,5%.
“O principal desafio segue sendo o avanço dos preços de milho e soja, que tornou a relação de troca mais desfavorável. Para reduzir os custos com a aquisição de milho e soja, muitos produtores estão arrendando áreas para plantar o seu próprio grão”, afirmou o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues.
Os resultados do levantamento, baseado em um modelo produtivo com 350 matrizes de ciclo completo, indicaram que a ração representou 78% do COE, seguido por mão de obra (9%) e sanidade (5%).
Cana-de-açúcar – O estudo foi realizado em uma propriedade modal com 72 hectares e a estimativa de produtividade média para a safra 21/22 – 81 toneladas/há – sofreu uma queda de 5% em relação à safra passada, devido ao enfrentamento de seca mais profunda no final do último ano.
De acordo com a assessora técnica da CNA, Eduarda Lee Lima, existe a tendência de mais uma entrada para aplicação de inseticida visando o controle de cigarrinha nas áreas de cultivo atuais.
“Observa-se que houve um aumento geral nos custos, mas o valor pago pelo Açúcar Total Recuperável (ATR) também cresceu além do esperado, o que proporcionou um lucro relevante e melhor resultado comparado à última safra”, disse ela.
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