ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

Faculdade CNA debate agro brasileiro no 1º encontro online de 2020
Encontro FCNA 1

Ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues foi o palestrante do evento

15 de agosto 2020
Por Faculdade CNA

Brasília (15/08/2020) – A Faculdade CNA promoveu um debate sobre a visão geral do agro brasileiro no 1º Encontro Online de 2020, realizado no sábado (15). O convidado para falar sobre o tema foi o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócio da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Roberto Rodrigues.

Para Rodrigues, uma maneira de comprovar a “enorme competência” do agro brasileiro é a pandemia. Apesar da crise global, o setor aumentou as exportações de forma “espetacular” nos sete primeiros meses deste ano. Os números do primeiro semestre reforçaram a relevância do mercado asiático e a demanda mundial por proteína (carnes e soja) e energia (açúcar).

O protagonismo da agropecuária brasileira também é comprovado por uma projeção da produção de alimentos até 2026/2027, feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O levantamento aponta a necessidade de aumentar em 20% a oferta global de alimentos nos próximos 10 anos.

“O Brasil é o país que mais ampliará a produção, com previsão de aumento de 41% no período. Temos tecnologia, terra disponível e gente capaz”, afirmou o ex-ministro.

Para ele, são justamente esses três pontos, além da sustentabilidade, que garantem a condição “diferenciada” do agro brasileiro. Exemplo disso é o crescimento de 338% na produção brasileira de grãos entre as safras 1990/1991 e 2019/2020, com um aumento de área de 74%. Segundo Roberto Rodrigues, os sucessivos ganhos de produtividade nesse período possibilitaram a economia de 100 milhões de hectares.

Apesar de todo otimismo e de números incontestáveis – 21% do PIB nacional, 20% dos empregos e 43% das exportações nacionais em 2019 –, o setor precisará superar novos desafios para sustentar esse crescimento.

Definir uma estratégia que contemple uma visão mais “consistente” é o principal deles. Como sugestão, o coordenador do Centro de Agronegócio da FGV cita o documento “O Futuro é Agro – 2018 a 2030”, elaborado pela CNA e pelo Conselho do Agro. O estudo aponta gargalos e soluções que poderão levar o País a ampliar em 33% a produção agrícola até 2030.

“Precisamos ter um plano de trabalho que permita ao Brasil ser o campeão da segurança alimentar e da paz. Essa estratégia deve ter como pontos centrais tecnologia, renda, mercados e estrutura. Outro fator fundamental é a comunicação. Temos que separar a verdade das informações falsas e mostrar, com competência e base científica, o que a nossa agricultura tem de melhor”, disse Rodrigues.

Jovens – A importância dos jovens para o desenvolvimento do potencial agrícola brasileiro foi destacada pelos participantes do encontro, especialmente em pontos como a proteção ao meio ambiente e o uso de novas tecnologias.

Para o diretor-geral da Faculdade CNA, André Sanches, o debate proporcionou uma visão ampla do agro para os estudantes e demonstrou que os conteúdos trabalhados na instituição estão atualizados conforme as demandas e tendências apresentadas.

“Foi um momento histórico para a nossa instituição. Uma conversa profunda em termos conceituais e técnicos, mas que transcendeu isso. Tivemos uma lição de vida e de princípios para contribuir com a formação dos alunos. Queremos que eles possam devolver para esse setor a competência e os conhecimentos que estão adquirindo aqui”, declarou ele.

O professor da Faculdade CNA, Joaci Medeiros, também ressaltou que os assuntos abordados pelo ex-ministro, como segurança jurídica, seguro e comercialização internacional, resumem os temas que os alunos aprendem nas disciplinas ministradas pela instituição.

“Não tenho dúvida de que estamos no caminho certo para formar pessoas mais qualificadas. Isso é fundamental para o agro antes, dentro e depois da porteira. A tecnologia já está aí, mas se a pessoa não estiver qualificada não adianta absolutamente nada”.

A secretária executiva do Instituto CNA, Mônika Bergamaschi, foi a mediadora do encontro e reforçou o papel dos jovens no agro do Brasil. “Nessa época de startups e de tecnologia, temos outras áreas que estão se colocando à disposição e oferecendo soluções para o agro. Daí a importância de mais gente engajada, de mais gente entender e se sentir pertencente a esse grande setor também”.

O evento contou, ainda, com a participação da professora Fernanda Matos e de outros docentes e acadêmicos da Faculdade CNA.

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