Paraná
PER inspira fisioterapeuta a mudar de carreira para retornar às origens do campo
Em 2015, Francine Greggio participou do Programa Empreendedor Rural (PER), desenvolvido pelo SENAR-PR
Por: Comunicação Social – Sistema FAEP/SENAR-PR
Há mais de 30 anos que a agricultura e a pecuária fazem parte da rotina da família Greggio. Na Fazenda Barro Preto, no município de Pitanga, no Centro-Sul paranaense, o clã produz soja, milho e triticale, além da cria e engorda de bovinos. Francine Greggio, caçula entre os dois filhos, cresceu em contato com o campo.
Sem qualquer tipo de pressão por parte do pai para seguir no meio rural, Francine optou pela fisioterapia, profissão que iniciou em 2010 quando conquistou o diploma. A propriedade continuava sob os cuidados do pai, que contava com o auxílio do filho mais velho, formado em engenharia agronômica, para tocar os negócios.
Até que em 2015, a fisioterapeuta recebeu um convite para participar do Programa Empreendedor Rural (PER), desenvolvido pelo SENAR-PR. Mesmo com uma carreira consolidada, Francine resolveu abraçar a oportunidade, devido às raízes com o campo. A capacitação fez com que a fisioterapeuta repensasse a sua trajetória profissional. “Apesar de morar e ter contato direto com o campo, nunca tinha despertado o interesse em trabalhar na atividade. Com o PER, aprendi a fazer desde o planejamento da fazenda até o desenvolvimento humano, ou seja, olhar para a nossa propriedade como uma empresa”, destaca.
Com os conhecimentos adquiridos por meio do programa do SENAR-PR, Francine passou a ajudar o pai e o irmão na parte administrativa da fazenda, enquanto continuava atuando como fisioterapeuta. Até que o conflito CARREIRA entre as duas rotinas e o acúmulo de tarefas fizeram com que ela tomasse uma decisão. “Eu ficava dois dias da semana na propriedade ajudando na parte burocrática e não estava mais conseguindo me manter organizada. Foi o momento que eu decidi deixar a carreira de fisioterapeuta”, relembra.
A princípio, Francine decidiu tirar um mês de férias da clínica em que trabalhava para conseguir colocar o escritório da fazenda em ordem e para se acostumar com a nova realidade. “O acúmulo de tarefas me incomodava. E eu também precisava ‘sentir o clima’ de trabalhar na área rural. Desde então, lá permaneci”, afirma.
Na época do PER, Francine cursava uma especialização em osteopatia, interrompida pelo novo trabalho. Em 2017, participou do programa Herdeiros do Campo e, em 2019, fez o curso de Liderança Rural, ambos desenvolvidos pelo SENAR-PR. Ainda, neste ano, participou de um curso de gestão rural, também da instituição paranaense. “O Sistema FAEP/SENAR-PR foi muito importante na transição. Os treinamentos deram conhecimentos que eu demoraria muito mais para aprender no dia a dia”, conta.
Atualmente, Francine é a responsável pelas gestões administrativa e financeira da propriedade, tal como controle de contas, estoque, custos de produção e folha de pagamento. “Mas se precisar, também vou para o campo”, ressalta. Para a agora ex-fisioterapeuta, a atividade rural é uma realização profissional. “É um ambiente simples e dinâmico. Tenho um bom relacionamento com as pessoas do meio rural e gosto de trabalhar com minha família”, declara.
Recentemente, Francine descobriu uma curiosidade: desde a participação no PER, seu pai estava na torcida para que a filha fosse trabalhar, de vez, na propriedade. “Eu achei bacana que, apesar da vontade, ele deixou a decisão comigo. Acabou que deu certo”, comemora.
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