Presidente da CNA defende melhorias na infraestrutura e redução na burocracia para o agro
Entidade também avaliou que agilidade nas negociações internacionais e reforma tributária são fundamentais para dar competitividade ao setor
Brasília (05/12/2018) – O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, afirmou nesta quarta (5), durante entrevista coletiva na sede da entidade, que a melhoria da infraestrutura e logística e a redução da burocracia devem estar entre as prioridades do próximo governo para dar mais competitividade ao setor agropecuário brasileiro.
“Somos competitivos, mas poderíamos ser muito mais se tivéssemos estradas e ferrovias mais adequadas, portos, e principalmente menos burocracia. Você tem uma porção de impostos, tributos e medidas provisórias que atrapalham o produtor”, afirmou Martins.
No evento para divulgar o balanço de 2018 e as perspectivas para 2019 do setor agropecuário, João Martins também destacou os números que mostram o Brasil como o líder mundial em agropecuária sustentável e como o produtor se compromete com as exigências da legislação ambiental.
Sobre o tabelamento obrigatório do frete e seus impactos para o produtor e para toda a sociedade, João Martins lembrou da ação da CNA no Supremo Tribunal Federal contra a medida.
O presidente da CNA também afirmou que o Sistema CNA/SENAR trabalha para levar assistência técnica e gerencial para cada vez mais produtores. Um dos objetivos é ampliar a classe média rural.
O superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, defendeu a reforma tributária para melhorar o ambiente de negócios no país e ajudar a reduzir a burocracia e a insegurança jurídica para o setor agropecuário, além de atrair mais investimentos.
Lucchi citou como exemplo de burocracia o PIS/Cofins, que hoje tem 78 leis, nove complementares, 93 decretos, 115 instruções normativas, 43 atos normativos e 19 portarias.
“Acreditamos numa melhoria do ambiente de negócios e na redução da burocracia para que o país possa ter as reformas que precisa”.
Outra questão fundamental está na área internacional para fazer com que o Brasil conquiste novos mercados. Segundo a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Lígia Dutra, a remoção de barreiras para a obtenção de certificados fitossanitários deve ser prioridade em 2019.
“Quando o Brasil tiver essa prioridade, as negociações vão ficar muito mais fáceis e céleres. Nós temos entraves e burocracias. Essa é uma questão tão importante quanto outros gargalos que estão no custo Brasil”, afirmou.
Segundo ela, o país também tem condições de ter mais espaço para produtos do agro nos Estados Unidos e na China, dois dos principais parceiros comerciais do Brasil. No entanto, ela reiterou a necessidade de diversificar a pauta exportadora e de conquistar novos mercados.
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