Produtores de Santa Catarina participam do 5º Dia de Mercado de Grãos
Brasília (15/09/2017) – Mais de 140 produtores, técnicos e especialistas do setor agrícola participaram do 5º Dia de Mercado de Grãos, nessa sexta (15), em Chapecó, Santa Catarina.
O evento foi promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (FAESC) e o Sindicato Rural de Chapecó com o objetivo de levar informações técnicas e gerenciais aos agricultores.
Na abertura do encontro, o Vice-Presidente de Secretaria da CNA e presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, destacou a importância do Projeto Campo Futuro da CNA para o levantamento de custos de produção de grãos na região, principalmente em Campos Novos e Xenxerê.
José Zeferino Pedrozo, Presidente da FAESC e Vice-Presidente de Secretaria da CNA
“Esperamos que com essa ação os produtores rurais estejam preparados para enfrentar as adversidades do seu negócio, reduzindo os riscos e melhorando a gestão de sua empresa”, disse Pedrozo.
A primeira palestra “Cenário e Perspectivas do Mercado de Grãos” foi apresentada pelo pesquisador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), Lucilio Alves, que afirmou que a demanda mundial de soja deverá crescer aproximadamente 5% esse ano, puxada principalmente pela China.
“O país asiático processa aproximadamente 95 milhões de toneladas de soja, mas tem capacidade para esmagar 150 milhões de toneladas. Isso mostra que o consumo da China tem um grande potencial de crescimento”.
Lucilio disse ainda que a expectativa para essa safra é de que os preços de soja se mantenham na faixa de 9,40 a 9,80 dólares por bushel, com um dólar oscilando entre 3,05 a 3,20, isso acaba apertando as margens dos produtores.
Rafael Moreira, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), falou sobre boas técnicas de manejo para o controle de doenças da soja. “É fundamental a utilização de uma combinação de manejos, como variedades resistentes, rotação de cultura, monitoramento das lavouras, aplicações de defensivos preventivamente e adoção do vazio sanitário”.
A terceira palestra “Previsões Climáticas para a Safra 2017/2018” foi ministrada pelo meteorologista Celso Luís de Oliveira. O especialista informou que na safra 2016/2017 o fenômeno climático La Niña predominou, mas com fraca intensidade. “Isso possibilitou chuvas regulares em praticamente todas as regiões produtoras de grãos”.
Celso alertou que para a safra de 2017/2018 existe indicativo de La Niña de fraca intensidade iniciando em meados de dezembro.
O Dia de Mercado foi finalizado com a explanação do assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski, sobre os custos de produção agrícola em Santa Catarina.
Alan Malinski, assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA
Segundo ele, o Custo Operacional Efetivo (COE) orçado para a safra 2017/18 de soja deve subir nas principais regiões produtoras, em relação ao ano anterior. O aumento está atrelado à recente elevação do preço do diesel e do frete agrícola. Além disso, os reajustes de salário mínimo e da energia elétrica também podem influenciar o aumento do custo operacional efetivo.
Com relação aos insumos, Malinski afirmou que para os produtores que os adquiriram entre janeiro e julho de 2017, o principal impacto frente à safra anterior é a leve redução nas cotações dos fertilizantes, que foi compensada por um ligeiro aumento nas cotações dos principais defensivos agrícolas utilizados.
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