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Minas Gerais

Produtores do Programa ATeG Café em Minas Gerais são selecionados para concursos

Eles foram classificados em concursos de cafés especiais de Minas Gerais

24 de outubro 2018

Por: SENAR MINAS

A competitividade na produção cafeeira é acirrada. Isso faz do mercado cada vez mais exigente. E o diferencial está na bebida. Cafeicultores da cidade de Conceição das Pedras, interior do estado, e que são acompanhados pelo Programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG Café), do Senar Minas estão no caminho certo. Eles foram classificados em concursos de cafés especiais de Minas Gerais.


Juliano Ribeiro - atendido pelo ATeG Café em Minas Gerais
Produtor Juliano Ribeiro

De acordo com o técnico Rodrigo Doval, a maioria tem buscado uma melhor qualidade da bebida. Nas visitas técnicas são apontados erros e acertos nas lavouras. “Eles tinham conhecimento de qualidade, mas faltava um pouco de técnica na produção. Tenho trabalhado com eles o manejo correto de adubação entre outros métodos de plantio e cuidados com a lavoura. Isso tem dado resultados incríveis, como a classificação de alguns em renomados concursos de cafés especiais”.

O clima e a altitude de 1.300 metros mostram o potencial produtivo da região montanhosa de Conceição das Pedras. E os produtores estão investindo. Juliano Ribeiro Vilas Boas é produtor de café. A plantação de 5 hectares fica no Sítio Chacrinha. O cafeicultor, que está no programa ATeG desde 2017, produz café bebida mole e estritamente mole. No Concurso Carmo Best Cup deste ano, o cafeicultor conquistou o 8º lugar e vendeu 8 sacas de café de 60 Kg, por R$ 2.241,00. “Só consegui esse resultado porque tenho um acompanhamento de um técnico na minha propriedade, isso é fundamental para o produtor. Estou muito feliz. Esse é o segundo ano que participo, mas é a primeira vez que fico bem colocado”.

O produtor Clésio Pereira da Silva, que há 33 anos cultiva café, trabalha sozinho no Sítio Santa Catarina. O cafeicultor, que tem 5.800 pés de cafés plantados e em produção, em 2016 ficou entre os 30 finalistas no concurso de qualidade de cafés especiais promovido pelo Associação Brasileira de Cafés Especais - BSCA, em Jacarezinho, no Paraná. Este ano, ele se inscreveu na 7ª edição do Concurso de Cafés Especiais da Cooperativa Central de Cafeicultores e Agropecuaristas de Minas Gerais – Coccamig, e mais uma vez ficou bem classificado. “Eu fiquei entre os 30 produtores. E, com certeza esse é o resultado de um trabalho conjunto com o técnico Rodrigo, que mostrou onde eu estava errando. Tive uma mudança de atitude na lavoura e estou muito contente com o resultado”, conta.

Produtor há 25 anos, José Maurício de Souza também está entre os finalistas do concurso da Coccamig e entre os dez do 7º concurso da Cooperativa Agropecuária do Vale do Sapucaí – Coopervass, de cafés especiais. Com uma plantação de 32 hectares do grão, o produtor trabalha com café especial bebida mole. Ano passado ficou entre os 50 selecionados e conquistou o 3º lugar. “Antes de entrar para o ATeG eu não conseguia atingir o resultado esperado. Hoje posso dizer que consegui agregar valor ao meu produto com as orientações que recebi no programa. E, com certeza todo conhecimento ajudou nos resultados dos concursos”. A premiação do concurso da Coopervass acontecerá na próxima semana, dia 24 de outubro.

José Elizeu dos Santos e a esposa Elidiana Fátima dos Santos são produtores de cafés especiais. As lavouras do grão ficam concentradas em três talhões nos sítios Espigão, Cachoeira e Lavrinha, na cidade de Conceição das Pedras. As mulheres também estão conquistando o espaço no campo, trazendo novas ideias e diversificando a produção cafeeira. Foi com esse propósito que José Elizeu inscreveu a esposa Elidiana no Projeto Florada, da Três Corações. “O nosso café já ficou entre os 100 melhores do Brasil, no concurso da BSCA. Ano passado conquistamos o 4º lugar no concurso realizado pelo Senar Minas. Estamos muito felizes. O técnico Rodrigo tem incentivado a gente não só na lavoura, mas a participar de concursos e mostrar o nosso potencial”, comenta José Elizeu.


Allan Vilas Boas e Rodrigo Doval - ATeG Café em Minas Gerais
Allan Júnior de Oliveira Vilas Boas (de verde)

O produtor Allan Júnior de Oliveira Vilas Boas, do Sítio Dois Irmãos, tem uma área de 20 hectares com cerca de 60 mil pés de cafés plantados. O cafeicultor vem se escrevendo em concursos desde 2013, e já foi classificado em 2015 no concurso da BSCA, sendo um dos campeões nacionais. Também teve seu café classificado no concurso da Semana Internacional do Café, em 2015, 2016 e 2017. No concurso regional do Senar Minas ficou em 4º lugar e em 6º lugar em um concurso promovido pelos produtores participantes do programa ATeG, em Conceição das Pedras. Ano passado, o produtor foi campeão do concurso da Cocamig.

“A gente trabalha com cafés especiais desde 2013, quando levamos todo café colhido para a cooperativa de Carmo de Minas, Cocarive. Só então descobrimos q havia um mercado especial para cafés com mais qualidades e, desde então, mudamos todo o manejo e estrutura. Eu, meu irmão, meu pai e minha mãe, todo mundo trabalha unido. Todo produtor deveria aproveitar essa oportunidade do programa, é um meio caminho andado para quem quer buscar uma certificação; é uma chance de organizar e gerir melhor a propriedade; um grande aprendizado e uma ótima parceria para o produtor”, conclui.

ATeG Café

O objetivo do programa, que é inédito no estado, é trabalhar junto ao produtor oferecendo-lhe tecnologias, consultorias e trabalhos gerenciais que visam o crescimento da produção com qualidade e com menor custo.

O programa atende seiscentos produtos das Matas de Minas e Sul do estado. No total são 42 municípios mineiros. Os produtores participantes foram divididos em grupos de 30, no qual o técnico faz um acompanhamento traçando um diagnóstico produtivo individual, um planejamento, gestão e avaliação dos resultados obtidos. As visitas ocorrem mensalmente. Nesse trabalho é apontado os erros e oferecido meios inovadores de produção.

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