ALIMEN T AN D O O B R A SILEIRO

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13 de março de 2017
Adotar inovações exige mudanças – II
POR CNA

 Ainda segundo a Secretaria da Agricultura do Estado, entre os anos de 2000 e 2015 a produtividade média por hectare de grãos saltou de 2,58 mil quilos para 3,91 mil ou mais 51,5% e a área cultivada de 2,5 milhões de hectares para 3,2 milhões, um crescimento de 28% e menor pressão sobre os recursos naturais, pois não houve expansão substantiva da área cultivada no território mineiro. Na safra agrícola mineira 2015/16, dos 11,7 milhões de toneladas de grãos colhidos, o Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba e o Noroeste responderam no conjunto por 68,1% da colheita, e destaque para o Noroeste com 23,4% ou 2,73 milhões de toneladas de grãos.
 
Essas regiões são mais planas, usam tecnologia intensiva, máquinas e equipamentos agrícolas de ponta e irrigação. Agregando-se o Sul de Minas, o percentual sobe para 82,8%. A Zona da Mata mineira emplacou apenas 1,8% da produção total de grãos no estado, o que não é muito bom à economia regional. São dez as regiões produtoras pesquisadas pelo IBGE e Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). 

O agronegócio sucroalcooleiro e energético está concentrado no Triângulo Mineiro e gera milhares de empregos, renda e exportações. Entretanto mercados e tecnologias explicam o desempenho do agronegócio mineiro e seus desdobramentos não apenas nas ofertas grãos, agro energia, açúcar, etanol, celulose, papel, madeiras, carvão, olerícolas e frutícolas, mas igualmente ao disponibilizar as proteínas nobres indispensáveis à alimentação humana; carnes, ovos, leite e seus derivados, peixes cultivados em tanques redes ou não. E mais, noutra paisagem a pesca comercial em larga escala, que opera nos complexos e vastos cenários dos mares e oceanos, oferta mais de 100 milhões de toneladas de frutos do mar anualmente.

Sem entrar no mérito dessas projeções da Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (ONU/FAO/2012), pois dependem dos cenários considerados e das metodologias aplicadas, estima-se que até 2050, em função do crescimento populacional e da distribuição da renda per capita, o consumo de carne bovina poderá subir 47,0%, o da carne suína 56,0%, e a de frango 206,0%. Haja tecnologias, ganhos de produtividades nas culturas, criações e logísticas operacionais mais eficientes.  

Ressalte-se, por decorrência de sua relevância estratégica nas políticas governamentais e nos planejamentos públicos e privados, que a tese da sustentabilidade, como conceito e prática, deverá ser lastreada nas seguintes convergências; mercados, inovação, ganhos de produção, produtividade, qualidade, rastreabilidade e manejo correto dos recursos naturais.

Sem entrar em detalhamentos, o Banco Mundial (2012) revelava que os EUA tinham 6,5 milhões km de rodovias; a China, 3,86 milhões; Índia, 3,32 milhões; e o Brasil, 1,2 milhão km. No Brasil, salvo informações mais recentes, 57,0% da produção brasileira são transportados por rodovias e sem abordar as condições de trânsito dessa malha rodoviária nesse país continental com 8,51 milhões de km2. A Pesquisa de Rodovias da Confederação Nacional dos Transportes (CNT)2016/20ª Edição traz novos e substantivos dados e informações sobre a malha rodoviária brasileira.

*Benjamin Salles Duarte é Engenheiro agrônomo 

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