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Boi gordo em alta e recorde nas exportações brasileiras de carne bovina
O Indicador do boi gordo Cepea subiu 3,0% nesta semana, fechando em $294,50/@ em São Paulo (10/10) . A demanda interna firme e as exportações aquecidas, frente a uma oferta ainda restrita de boiadas para abate, são os fatores de alta. No acumulado de outubro, até então, o boi gordo se valorizou de 7,3% na praça paulista. No mercado atacadista, a carne bovina registrou aumento de 5,4% nesta semana, com a carcaça casada (boi) negociada em R$20,62/kg. Com relação às exportações, em setembro deste ano, o Brasil embarcou 251,8 mil toneladas de carne bovina, o maior volume mensal já exportado pelo país desde o início da série histórica, em 1997 (Comex). Na comparação com setembro do ano passado, o volume embarcado cresceu 29,1%. Para a próxima semana, a expectativa é de mercado firme para o boi gordo e carne bovina.
Mercado futuro: e a arroba bateu 300,00/@!
Desde março de 2023 o boi gordo não atingia o valor de 300,00/@ tanto no mercado físico quanto no mercado futuro. Quando se fala em futuro, essa marca reflete basicamente em todos os contratos até janeiro, ou seja, caso o produtor queira aproveitar esse valor até início de 2025 e, consequentemente, rentabilidade positiva, é possível.
Diante desse cenário, surge uma pergunta essencial: por que não garantir essa oportunidade? Vamos a um exemplo de como estaria a rentabilidade hoje para um pecuarista que realiza essa venda futura, como proteção contra riscos de baixa do mercado:
Se hoje comprar um boi magro de R$ 10,33/kg de 13@, que ficará 100 dias no cocho, com GMD de 1,55/kg e 56% de rendimento de carcaça a uma arroba produzida de R$ 230,00/@ e vender a R$ 300,00/@ no contrato futuro de janeiro, a rentabilidade média por cabeça é de R$ 384/cabeça.
Isso significa que:
Se o mercado em janeiro finalizar abaixo de R$ 300,00/@, o pecuarista recebe menos no físico, mas recebe a diferença da bolsa, finalizando em R$ 300,00/@.
Se o mercado finalizar em janeiro acima de R$ 300,00/@, o pecuarista recebe mais no físico, mas devolve a diferença para a bolsa, finalizando em R$ 300,00/@
Como conclusão, do ponto de vista financeiro, a estratégia busca neutralizar potenciais perdas. Isso porque o principal objetivo é trazer previsibilidade e assegurar uma margem de rentabilidade positiva, protegendo-se de possíveis quedas do mercado. Assim, em vez de apostar em altas expressivas, o foco é na mitigação de riscos e na manutenção de uma receita estável ao longo do tempo.
Se você se interessou e quer saber mais detalhes, a CNA possui uma parceria com a StoneX que sempre estará disponível para te auxiliar e explicar melhor sobre as ferramentas de gestão de risco.
Confira as estratégias para o mercado futuro do boi gordo aqui.
Contato:
Marianne Tufani
Consultora em gerenciamento de riscos
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