Agropecuária cria 36.827 novos postos de trabalho em junho

Eu tenho andado menos por esse país imenso neste ano. Me pauto, no entanto, pela conversa com meus conhecidos das entidades que representam pecuaristas e agricultores. Também com os fazendeiros e com as informações dos meus colegas aqui da redação e que estão com o pé na estrada.
Para resumir: as notícias são alvissareiras. O campo está movimentado, por conta da supersafra de grãos, principalmente. A pecuária de corte sofre com a queda no preço da arroba, Carne Fraca, delação dos irmãos Batista e dois focos de aftosa registrados na Colômbia e que assustaram bastante os fazendeiros. Mesmo assim, o Brasil exportou US$ 512 milhões de carne bovina somente no mês de junho, faturamento que é 10% superior ao de maio. Em volume, o resultado atingiu 123.287 toneladas, ou 9% de aumento na comparação com o mês anterior. Pois bem, junho foi o mês com melhor desempenho neste ano. Isso, ressalto, apesar dos problemas citados acima.
Agora, tem um fator que me deixa contente historicamente e que espelha a movimentação lá nas fazendas. É a criação de empregos. Me deixa contente, repito. Números divulgados hoje pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostraram que a agropecuária fechou o mês com 36.827 novos postos de trabalho, repetindo o bom desempenho de maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novos postos. E foi o café, com 10.804 postos criados, o carro-chefe de crescimento. Já a laranja também vai indo bem: abriu 7.409 postos.
Importante: O campo foi o maior criador de empregos no mês de junho.
No total, o Brasil fechou o mês de junho com novo saldo positivo na criação de empregos: 9.821 no total, uma variação de 0,03% em relação ao estoque do mês anterior.
A lamentar é que, no acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060 postos no Brasil, porém na comparação entre o saldo positivo de junho de 2017 (+9.821 postos) com o mesmo mês do ano passado (-91.032 postos) e de 2015 (-11.199 postos), a recuperação do mercado de trabalho se mostra significativa, diz o Caged.