CNA apresenta, em Campinas (SP), benefício da geração própria de energia
Técnicos da entidade participaram esta semana do XXXI Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem e da Feira Internacional de Irrigação Brasil
Brasília (19/08/2022) - A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) apresentou os benefícios da geração própria de energia durante o XXXI Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem e a Feira Internacional de Irrigação Brasil, que aconteceram simultaneamente em Campinas (SP), de 16 a 18 de agosto.
O coordenador de Produção Agrícola, Maciel Silva, foi um dos palestrantes da mesa redonda “Energia e Agricultura Irrigada” junto com o diretor presidente da Valmont Brasil, Cristiano Del Nero, e com o professor da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP), Fernando Tangerino.
Segundo Silva, o Brasil possui um grande potencial de expandir ainda mais sua participação na geração de energia por meio de fontes renováveis e o agro tem capacidade de se consolidar como protagonista também nessa frente.
“Uma das grandes oportunidades está no aproveitamento da micro e mini geração distribuída de energia como mecanismo de melhoria na qualidade da energia, provedor de previsibilidade e, sobretudo, de redução de custos”, disse.
O coordenador destacou ainda o papel que a CNA e demais entidades do setor agropecuário tiveram no ajuste regulatório, principalmente, na instituição do marco regulatório da micro e minigeração de energia, com a publicação da Lei nº 14.300/2022 e os ganhos que ocorreram como o novo normativo.
Durante o debate foram apresentados os dados que demonstram os avanços que já ocorreram com a geração própria no meio rural com a energia solar fotovoltaica. Porém, Silva pontuou o potencial de outras fontes como o biogás e a biomassa por meio da utilização de coprodutos das atividades principais.
Também ocorreram reuniões estratégicas do setor de irrigação durante o evento, para discutir parcerias entre as instituições de ensino e pesquisa com os setores público e privado.
A assessora técnica da Comissão Nacional de Irrigação da CNA, Jordana Girardello, ressaltou a necessidade de estudos específicos que retratem de forma clara e numérica o que a irrigação significa para o País em termos de poupança verde e controle no preço dos alimentos e que demonstrem o impacto da energia na agricultura irrigada com suas consequências no preço da cesta básica.
“Esses estudos serão fundamentais para a defesa da pauta de energia na irrigação e importantes para a diferenciação das bandeiras tarifárias no controle inflacionário dos alimentos com o objetivo de manter a segurança alimentar”, afirmou.
Como resultado do debate, as entidades do setor de irrigação decidiram encaminhar uma ação conjunta solicitando uma agenda com os ministros do Desenvolvimento Regional (MDR) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) e com os secretários das pastas de irrigação.
O objetivo desse encontro é entregar as demandas do setor e solicitar o apoio dos órgãos nas ações em desenvolvimento e nas que ainda precisam ser regulamentadas de forma rápida, ressaltou Jornada.
“A irrigação existente hoje já está sob risco de recessão, sem contar a estagnação das áreas de ampliação, podendo causar desabastecimento e insegurança alimentar. Essa ação será coordenada de forma conjunta pela CNA, Associação Brasileira de Irrigação e Drenagem (ABID) e Câmara Temática de Agricultura Sustentável e Irrigação do Mapa”.
Estiveram presentes nas reuniões o presidente da ABID, Everardo Mantovani, a presidente da Câmara Setorial de Agricultura Sustentável e Irrigação do Mapa, Priscila Sleutjes, o coordenador de irrigação do MDR, Rodrigo Xavier, o coordenador da Política Nacional de Irrigação do Mapa, Hélio Borges, e o diretor executivo da Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (Aprofir), Afrânio Migliari, além de pesquisadores e membros da ABID.
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