CNA promove etapa do júri técnico do Prêmio Artesanal Molho de Pimenta

Brasília (01/10/2025) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) iniciou, na quarta (1º), as avaliações do júri técnico do Prêmio Brasil Artesanal - Molho de Pimenta.

Durante três dias, 12 especialistas da área e chefes da gastronomia avaliam mais de 90 amostras de molhos de pimenta salgados e agridoces, sem identificação dos rótulos. Ao final dessa etapa, serão selecionados 10 finalistas para o júri popular.

Essa edição do prêmio é realizada em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL/SAA-SP). O objetivo da iniciativa é valorizar a diversidade e a qualidade da produção artesanal brasileira.

Na abertura do júri, o diretor técnico adjunto da CNA, Maciel Silva, afirmou que o molho de pimenta é um produto desafiador, principalmente na estruturação do regulamento para avaliação técnica.

“Essa etapa é determinante, pois traz um olhar profissional em relação à qualidade e identidade. É o momento em que são escolhidos os melhores produtos para que na próxima fase o público possa avaliar as percepções com tranquilidade”.

Já o coordenador de Produção Animal da CNA, João Paulo Franco, destacou que o propósito do concurso vai além da escolha dos 10 finalistas: é mudar a vida dos produtores artesanais brasileiros.  

“Tão importante quanto selecionar os cinco melhores molhos de cada categoria é a resposta técnica do júri sobre como melhorar e evoluir a qualidade daquele produto”, disse.

Antes do início das avaliações, o engenheiro agrônomo e proprietário da empresa Chilli & PIG, Gabriel Petelinkar, apresentou as orientações técnicas aos especialistas. “O papel do júri é assegurar uma avaliação justa, técnica e imparcial e por isso temos tantos perfis diferentes aqui”.

Dentre os critérios que serão analisados estão a intensidade da picância, cor, aroma e sabor. “Em relação à picância, por exemplo, é importante avaliar a ardência da pimenta, garantir que os sabores sejam perceptíveis, sem sobreposição ou ausência, e manter o equilíbrio como critério central”.

Para o temperista Theo Gomez Marcelino, a etapa do júri é uma oportunidade de analisar a construção de sabores dos molhos, buscando o equilíbrio no paladar. “Esperamos boas experiências para conseguir a avaliação sensorial de cada amostra”.

A mestre pimenteira Priscila Ávila disse que a pimenta é uma paixão em sua vida e espera contribuir com percepções de temperos, notas amadeiradas e adocicadas dos molhos. “Foi um prazer ter sido convidada para esse júri”.

“Estar presente em um momento como esse é muito emocionante. Quem trabalha direto com produtores sabe que cada pote desse tem um sonho, uma história. Então é uma responsabilidade muito grande avaliar os produtos”, ressaltou a chefe de gastronomia Eliane Regis Silva.

A assessora técnica e organizadora do Prêmio, Fernanda Regina Silva, pontuou que a iniciativa é um divisor de águas na vida dos produtores e possui um grande diferencial que é o feedback dos especialistas.

“Essa é a 14ª edição e para chegar até aqui foi uma construção. O prêmio muda não só a vida dos vencedores, mas também dos que participam, pois o feedback é feito para todas as amostras e isso é muito importante”, concluiu.