Instituto CNA conhece Sistema de Rastreabilidade Bovina do México
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País tem 100% do rebanho identificado e registrado por sistema informatizado
Brasília (03/06/2019) – O diretor e o secretário-executivo do Instituto CNA, Rodolfo Tavares e André Sanches, passaram quatro dias no México para conhecer o sistema de identificação e rastreabilidade bovina do país. Eles se reuniram com representantes de pecuaristas, governo e indústria para entender como funciona e quais benefícios o sistema proporciona aos produtores rurais mexicanos.
A agenda de visitas começou pela Confederação Nacional das Organizações de Pecuária (CNOG), entidade similar à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
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Reunião com a Diretoria da CNOG.
“Foi um bom trabalho, conseguimos obter muitas informações e tenho absoluta certeza que serão extremamente importantes para o desenvolvimento da pecuária brasileira”, afirmou Rodolfo Tavares. “Nos demos conta que o caminho que temos pela frente para abrir todos os mercados mundiais é factível e temos total condição de atender as exigências desses mercados.”
A identificação do rebanho no México começa quando os animais nascem e é uma atividade prevista em lei. Todo o rebanho no país está identificado e as informações ficam registradas em um sistema de controle informatizado, sob a supervisão do Serviço Nacional de Sanidade, Inocuidade e Qualidade Agroalimentar do México (Senasica).
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Centro de impressão e distribuição de brincos da CNOG.
“Sem identificação eles não permitem sequer trânsito entre estados ou mesmo propriedades, não se consegue emitir a guia de trânsito animal sem o brinco de identificação”, explicou o secretário-executivo do Instituto CNA, André Sanches.
O México possui um conjunto de entidades que atende o produtor rural com uniões regionais e associações vinculadas à Confederação Nacional das Organizações de Pecuária. Esse grupo é que administra o sistema de identificação e registro de bovinos.
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Visita ao Senasica.
“A partir dos pedidos que os produtores fazem via União Regional, a CNOG faz o controle da numeração dos animais, imprime os brincos e distribui para as Uniões repassarem aos produtores, que pagam por eles,” ressaltou Sanches. “Ficou claro que o governo do México fica apenas com a parte de controle e regulamentação. Toda a parte operacional ele delega, mediante convênio a entidades privadas do setor e, do abate até o consumidor final, a ação é da indústria.”
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Entrada da União Regional de Pecuaristas de Chihuahua.
Durante a viagem, eles também conheceram a União Regional de Pecuaristas do estado de Chihuahua e a associação de produtores locais. Visitaram, ainda, o Conselho Nacional de Padronização e Certificação do México (Conocer), entidade semelhante ao Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), que capacita técnicos para desenvolverem o sistema de identificação animal.
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Reunião no Conocer.
"Ao visitar o homônimo do Senar, vimos que o Brasil está muito adiantado com relação à qualificação e à formação profissional dos integrantes da nossa categoria, tanto produtores rurais quanto trabalhadores e agricultores familiares”, destacou o diretor do Instituto, Rodolfo Tavares.
“É uma grande satisfação poder constatar que nosso desenvolvimento possibilite ao Brasil manter a qualificação do seu produtor rural, sua competência e a sua capacidade de gerar cada vez mais riqueza”, frisou.
No último dia no país, André Sanches e Rodolfo Tavares visitaram o Comecarne, Conselho Mexicano da Carne, entidade que representa a indústria.
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Reunião com representantes da indústria de carnes no Comecarne.
“Com todas as informações que coletamos, vamos analisar se é viável apresentar uma proposta de um sistema como esse para identificar todo o rebanho bovino do Brasil”, disse Sanches.
O Instituto CNA desenvolveu o Agri Trace, sistema de rastreabilidade onde as informações do animal são armazenadas desde a origem na fazenda até a mesa do consumidor. No entanto, no Brasil, a identificação por brinco é exigida somente para o gado destinado à exportação, o que representa aproximadamente 20% do rebanho.
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