Mato Grosso
Pecuaristas da região oeste de MT melhoram gestão e manejo com assistência técnica
Casal está sendo atendido há 18 meses
Por: Nágera Dourado
Fonte: Comunicação/Senar-MT
Controle do fluxo de caixa e priorização da desmama no prazo correto. Essas foram algumas das melhorias implantadas no Sítio Muto Bertine, em São José dos Quatro Marcos, nos últimos 18 meses. As orientações foram ofertadas pela assistência técnica e gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT) que atende mais de 800 propriedades rurais na cadeia produtiva da bovinocultura de corte, no estado.
“Eles começaram a fazer um controle muito bem feito de despesas, receitas, aquisição e vendas de animais, podendo acompanhar a saúde financeira da propriedade para planejar investimentos”, afirmou o técnico de campo credenciado ao Senar-MT, Matheus Aguiar, que também notou mudanças no manejo. “A partir de quando passaram a anotar pesagem e data exata de nascimento dos bezerros conseguimos fazer um acompanhamento melhor”.
Técnico e produtor durante coleta de amostra de solo para análise
Atualmente com cerca de 150 cabeças de gado da fase de cria, os pecuaristas Sônia e Erasmo Bertine vivem exclusivamente da renda do sítio. O casal viu na assistência técnica e gerencial a oportunidade de receber a visita periódica de um profissional da área que esclarecesse dúvidas sobre a criação dos animais.
“Quando compramos o sítio, meu marido não tinha conhecimento nenhum sobre o campo e eu lembrava apenas do que já tinha vivenciado com a minha família na zona rural. A assistência do Senar trouxe muita diferença na nossa vida e continua nos ensinando bastante”, destacou Sônia.
Ser produtor rural era um sonho e o casal passou anos no exterior para realizá-lo. “Fomos trabalhar no Japão para conseguir o dinheiro de comprar a propriedade. O nosso objetivo sempre foi conseguir a nossa terra e trabalhamos duro até pagar tudo”, afirmou a produtora.
O casal retornou ao Brasil há menos de dez anos e a ajuda do Senar o auxiliou em outra dificuldade que era adquirir conhecimento na lida do campo. A primeira visita foi em novembro de 2021. “Desde então, todo mês ele vai lá na nossa propriedade e nos ajuda fazendo ultrassom das vacas e tirando dúvidas”.
Pasto depois da instalação do cocho de suplementação
De acordo com o técnico Matheus Aguiar, as melhorias na propriedade vão desde a gestão até o manejo. “Começamos a coletar dados na propriedade, houve uma evolução de fluxo de caixa sem aumentar o rebanho. O manejo e a desmama começaram a ser feitas da forma correta e instalamos cocho para suplementação mineral”, afirma.
Apesar de muitas melhorias conseguirem ser concluídas apenas com mudanças de procedimentos, Sônia pretende investir na propriedade para progredir ainda mais. “Conseguimos melhorar muita coisa, mas conforme vai entrando dinheiro vamos arrumando pasto, cerca e o que mais ele orientar”.
Metodologia – Os pecuaristas fazem parte das 893 propriedades atendidas pela ATeG Corte em 36 municípios de Mato Grosso. De acordo com o supervisor da ATeG, Marcelo Nogueira, a assistência auxilia com o fornecimento de dados para que técnicos e pecuaristas sejam mais assertivos em suas análises. “Temos um software de gestão e índices zootécnicos, potencializando o uso de recursos tecnológicos a favor de resultados positivos para o produtor”, destaca.